Aplicação da segunda dose adiantada ainda divide opiniões

Intervalo entre as duas vacinas, recomendado pelo Ministério da Saúde, é de 12 semanas

[Aplicação da segunda dose adiantada ainda divide opiniões]

FOTO: Divulgação/Ministério da Saúde

A antecipação da segunda dose das vacinas da Pfizer e da AstraZeneca tem sido motivo de divergência entre estados e especialistas. O caso gerou mais olhares, após um veterinário de Salvador procurar a Justiça da Bahia, na semana passada, para obter liminar que obrigasse a prefeitura a adiantar a aplicação da sua segunda dose da vacina contra COVID-19, programada para o dia 28 de agosto. 

De acordo com ele, uma viagem à Indonésia, não podia ser remarcada.  No entanto, a passagem teve que ser alterada, pois a Justiça não aceitou a justificativa.

Para o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boa, independente do caso, antecipar a vacina é necessária. 

"Se nós analisarmos o Reino Unido hoje, 80% dos novos casos são da variante delta. Ela já chegou no Brasil e não tem jeito: dentro de algum tempo, ela acabará se tornando a predominante, como aconteceu com a variante de Manaus [variante gama]. O que nós precisamos fazer é adiantar a vacinação e manter as medidas restritivas, para que essa disseminação da variante delta seja o mais tarde possível e, portanto, pegue a população brasileira já imunizada adequadamente", disse Vilas-Boas.

Já para o  infectologista Renato Kfouri, diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), a aplicação ainda é incerta. "Se der a vacina com outro intervalo, como 6, 8 ou 10 semanas, ninguém sabe o que vai acontecer. Se der antes, também não se tem dados. Por isso é importante seguir a recomendação de se respeitar o intervalo estipulado por onde a vacina foi estudada".

O fato é que muitas pessoas estão ansiosas para concluírem a vacinação contra a doença, como conta  Alda Maria. "Eu já tomei minha primeira dose, mas não estou confiante, só estarei quando tomar a segunda, e se antecipasse, para mim, seria muito mais vantajoso". 

O intervalo entre as duas vacinas, recomendado pelo Ministério da Saúde, é de 12 semanas.


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