O Bahia foi derrotado pelo CSA por 2 a 0, em confronto disputado na noite desta terça-feira (23), no estádio Rei Pelé, em Alagoas, válido pela quinta rodada da Copa do Nordeste. Com resultado, Tricolor permanece provisoriamente na liderança do Grupo A, com sete pontos somados, mas pode ser ultrapassado pelos times que ainda jogarão no complemento da rodada. Já o CSA chega a liderança do Grupo B, com nove pontos.

Foi uma primeira etapa de um jogo lá e cá. Com dificuldade na saída de bola nos minutos iniciais, o Bahia começou a se soltar mais no jogo a partir dos 10 minutos, quando conseguiu emendar transições mais velozes e organizadas entre a defesa e o ataque, apesar de não ter muito sucesso nos avanços diante da sequência de erros de passes. O CSA não fugiu muito da proposta de jogo do Tricolor, talvez o que tenha sido o diferencial é que a recomposição defensiva era um tanto lenta, e soube aproveitar melhor as chances que teve.

O CSA esteve próximo de abrir o placar aos 4 minutos e com um ex-jogador Tricolor. De fora da área, Gabriel finalizou com muito perigo, e a bola passou raspando a trave do goleiro Douglas, e foi para fora.

Apesar da chance inicial do CSA no começo do jogo, isso não foi um prelúdio do que o jogo viria a se tornar. Muita vontade dos dois lados, mas poucas finalizações e construção de jogadas. Só mesmo um equívoco de um dos lados para movimentar a partida.

Aos 28 minutos da etapa inicial, após cobrança de falta do CSA para área do Bahia, Douglas bateu roupa, não segurou a bola e ela sobrou nos pés de Delatorre, que só empurrou para o fundo das redes.

O Tricolor tentou responder rapidamente o gol sofrido. Aos 30 minutos, Rodriguinho mandou a bola para área, e sobrou para Patrick, que chutou rasteiro para o gol, mas a bola passou muito perto do gol.

Diferente do Bahia, o CSA não costumava perder as chances criadas no jogo. Aos 35 minutos, após pressionar a saída de bola do Bahia, o Azulão pressionou o erro de Juninho, e Delatorre ficou com a bola e levantou para Marco Túlio, que finalizou forte, Douglas ainda chegou a tocar na bola, mas viu ela morrer no fundo das redes.

Em desvantagem no jogo, o Bahia tentou ainda se estabilizar para ao menos diminuir a vantagem antes da ida ao intervalo, mas não obteve sucesso até o apito final do árbitro.

No retorno para segunda etapa, o Bahia demonstrou muito pouco repertório para quem estava em uma desvantagem de dois gols. As entradas de Ramon e Rossi pouco fizeram o time ter uma mudança de postura em campo, diante de um CSA que jogava fechadinho e esperar novos erros do Tricolor para poder novamente chegar com perigo.

Somente aos 27 minutos, o jogo voltou a ganhar emoção. Em jogada individual, Gilberto recebeu passe, cortou Lucão da jogada, que o derrubou na área e o árbitro assinalou a penalidade, que Rodriguinho desperdiçou ao carimbar o travessão.

A chance desperdiçada caiu como um balde de água fria nas pretensões do Bahia ao longo do jogo, afinal, o Tricolor contava com um gol para incendiar a partida e buscar o empate, mas não foi o que aconteceu.

O Tricolor só voltou a chegar novamente com perigo aos 40 minutos. Rossi cruzou para dentro da área e Rodriguinho cabeceou no meio do gol, mas dificultando a defesa de Thiago Rodrigues, que voou para encaixar a bola.

O Bahia até que se esforçou para ao menos marcar um golzinho, mas a vontade não foi suficiente para que o time conseguisse nada em campo. O apito final do árbitro decretou o triunfo do Azulão em casa.

Análise do Bahia na partida

Chega a ser algo impressionante a falta de regularidade do Bahia na temporada. Quando o time engatilha um triunfo convincente, a sensação que fica para o torcedor é que o time irá evoluir e buscar mais e mais logo no começo do ano, mas infelizmente o time não corresponde as expectativas criadas. Derrotas como as de hoje apenas evidenciam o que o Bahia é: um time em formação e que ainda carece de peças importantes para seguimento do ano.

Avassalador contra o Sport, hoje o Tricolor foi um adversário passivo em praticamente todos os 90 minutos, até chegou a esboçar uma reação, mas o deserto de criação de jogadas, as poucas finalizações com perigo e os decisivos erros defensivos minaram qualquer possibilidade de conseguir voltar com os três pontos para Salvador. O CSA merecidamente saiu com resultado, não apenas porque soube aproveitar as falhas do Bahia, mas também porque soube controlar o resultado e o construiu com eficiência.

O Bahia ainda surge como um dos favoritos para vencer essa Copa do Nordeste. É um time de tradição e tem elenco para que levantar a taça, mas apenas isso não bastará. Ajustes, especialmente pelas laterais e na defesa precisam ser promovidos o quanto antes, lembrando que não houve quase nenhuma mudança desse setor que suou para ficar na primeira divisão. Isso não pode ser um tipo de promoção para os jogadores. A reformulação começa lá atrás, e precisa de mudanças pra já.