Brasil: mais de 3,7 mil cidades não têm data para retorno das aulas presenciais

Relatório da CNM apontou que a falta de uma data não significa "posição omissa"

[Brasil: mais de 3,7 mil cidades não têm data para retorno das aulas presenciais]

FOTO: Reprodução/ Agência Brasil

Um levantamento feito em setembro pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) apontou que um total de 3.742 prefeituras não têm data prevista para a retomada as aulas presenciais nas redes municipais de ensino. Foram consultados 3.988 governos locais.

A entidade avaliou que faltar uma data de retorno não significa uma "posição omissa" dos prefeitos, mas sim uma "postura responsável e cautelosa do gestor. A situação não pode ser simplificada, a pandemia já representa prejuízo à aprendizagem dos alunos e da educação como um todo, mas a pergunta sobre quando retornar essas atividades precisa ser respondida com responsabilidade, pois é inegável a preocupação com a retomada das aulas por conta da disseminação do vírus", diz o relatório da pesquisa.

Dos municípios consultados, apenas 197 (4,9% da amostra) informaram uma data estabelecida para reabertura das escolas, mas a CNM ponderou que "a realidade tem mostrado, especialmente em nível estadual, que as previsões iniciais não têm se confirmado e o retorno tem sido adiado, a exemplo do que ocorreu no Maranhão, Rio Grande do Norte, Acre, Piauí e Distrito Federal".

Na maioria dos casos, estão sendo distribuídos material impresso, alternativa adotada por 3.818 prefeituras (98,2% do total consultado), seguidos da oferta aulas por meio digitais, adotada por 3.152 gestores (81,1%). Mas, somente 6,5% dos municípios ouvidos (254) realizam aulas por meio de TV e outros 3,5% (136), por meio de rádio. Um total de 3.360 municípios (86,4% da amostra) usam aplicativos de mensagem instantânea para o envio dos materiais e atividades escolares. O levantamento também indicou que em 70,6% dos municípios consultados os professores receberam ou recebem algum tipo de capacitação para o ensino remoto.  

A pesquisa da CNM foi respondida por 3.916 prefeituras, no qual informaram possuir planos de contingência, a exemplo do retorno gradual às aulas (74,4%) e o sistema de rodízio (70,5%). Contudo, na prática, segundo a CNM, mesmo quando definida uma data de retorno, nem todos os grupos de alunos retornarão ao mesmo tempo para a sala de aula, para permitir maior distanciamento social.

Para isso, cerca de 2,2 mil municípios (78,2% da amostra) definiram o ensino híbrido como estratégia para garantir o ano letivo e recuperar os possíveis déficits de aprendizagem ocasionados pela pandemia.


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