Casos de SRAG em crianças têm aumento de mais de 300%, alerta Fiocruz

Em contrapartida, cenário apresenta queda em todas as faixas etárias da população adulta

[Casos de SRAG em crianças têm aumento de mais de 300%, alerta Fiocruz]

FOTO: Pexels

Segundo dados do Boletim InfoGripe, da Agência Fiocruz, divulgado nesta quinta-feira (31), crianças de 5 a 11 anos apresentaram um aumento de aproximadamente 309% na média móvel de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre a primeira semana de fevereiro e a semana mais recente.

No caso da população adulta, o cenário permanece de queda em todas as faixas etárias. No grupo de 0 a 4 anos, os dados apontaram também um aumento de cerca de 110%. Referente à Semana Epidemiológica (SE) 12, que compreende o período de 20 a 26 de março de 2022, a investigação tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até 28 de março.

O boletim indica que, na faixa etária de 0 a 4 anos, os dados laboratoriais preliminares sugerem que o crescimento expressivo a partir desse período possa estar relacionado a um aumento nos casos associados ao vírus sincicial respiratório (VSR). Já no grupo de 5 a 11 anos, os números sugerem interrupção de queda nos resultados positivos para Sars-CoV-2 (Covid-19) em fevereiro e aumento na detecção de outros vírus respiratórios em março.

“Nessas duas faixas etárias, o início do crescimento, que se mantém até o presente Boletim, coincide com o início do ano letivo”, afirma o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do InfoGripe.

Entre a população adulta, o estudo mostra uma desaceleração gradual na taxa de queda, o que segue indicando a entrada em u regime de estabilidade. Já a população acima de 70 anos, no entanto, ainda apresenta queda semanal expressiva, por terem sofrido maior impacto durante o pico do início do ano. 

Em casos associados a outros vírus respiratórios, os dados referentes aos resultados laboratoriais por faixa etária apontam para o predomínio do vírus Sars-CoV-2 na população adulta. “Apesar do patamar atual dos casos de SRAG no país ser o menor desde o início da epidemia de Covid-19, ainda está acima de dois casos por 100 mil habitantes", destaca Gomes.

Unidades da Federação

Nas 27 unidades federativas a tendência de crescimento a longo prazo (últimas 6 semanas) até a SE 12 se mantém no Amapá, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Paraíba, Roraima e Sergipe. Já as UF do Acre, Distrito Federal, Pernambuco, Piauí e Tocantins apontam para estabilidade na tendência de longo prazo, enquanto as demais apresentam sinal de queda. No entanto, três delas apresentam sinal de crescimento apenas na tendência de curto prazo (últimas 3 semanas): Acre, Piauí e São Paulo.

Capitais

Das 27 capitais, 12 apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo até a SE 12: Aracaju (SE), Boa Vista (RR), Campo Grande (MS), Cuiabá (MT), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Macapá (AP), Maceió (AL), Recife (PE), São Paulo (SP) e Vitória (ES).

Já em outras quatro, observa-se sinal de crescimento somente na tendência de curto prazo, sendo elas Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Rio Branco (AC) e Teresina (PI).


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