Chegada do verão aumenta incidência de pragas urbanas
Período alerta para proliferação do mosquito Aedes Aegypti
Chegou a época de inseticidas, chineladas na parede e armadilhas para combater as pragas urbanas. No verão, as temperaturas mais elevadas e a maior ocorrência de chuvas colaboram para a proliferação de mosquitos, baratas, ratos e escorpiões. Além do incômodo, esses bichos podem transmitir diversas doenças. Uma delas, por exemplo, é a dengue causada pelo mosquito Aedes Aegypti.
De acordo com a bióloga e coordenadora de desenvolvimento de produtos da Bayer, Maria Fernanda Zarzuela, é necessário que a população adote medidas eficazes, principalmente de higiene, para conter a disseminação das pragas. “Esses animais entram nas casas quando encontram um ambiente propício, em que haja os chamados ‘4As’: água, alimento, acesso e abrigo”, disse a especialista. “É preciso mudar alguns hábitos. Por exemplo, lavar sempre a louça, não deixar água à vista, guardar os alimentos na geladeira ou em recipientes fechados e nunca acumular lixo”, completa.
No geral, especialistas afirmam que todas as pragas devem ser vistas com preocupação pelos danos que podem causar à saúde, mas algumas se destacam por conta do maior grau de incidência. Partindo do ponto de vista epidemiológico, os mosquitos são os mais perigosos porque transmitem doenças como dengue, chikungunya e febre amarela.
Dados do Ministério da Saúde mostram que em 2021, de janeiro a novembro, foram notificados mais de 502,9 mil casos prováveis de dengue no Brasil. Para evitar a presença dos Aedes aegypti nas residências é importante manter caixas d’água cobertas, ralos desentupidos, garrafas de cabeça para baixo, vasos de plantas com areia no prato, ou seja, evitar locais com água parada e limpa, como explica o líder de Controle de Vetores na unidade de Ciência Ambiental da Bayer no Brasil, Claudio Teixeira.
“A atenção deve ser redobrada ao manusear e descartar o lixo da forma correta, vedando bem os sacos, entre outras ações que impeçam o acúmulo de água e de sujeira”, reforça o especialista.
Nas residências, segundo Teixeira, os mosquitos “costumam se instalar em ambientes baixos e sem exposição solar”. “Sabendo disso, são nesses locais que devem ser aplicados os inseticidas adequados ou verificar se a dedetização está sendo feita de forma correta”, afirma o especialista.
Claudio Teixeira reforça, ainda, que é importante que as pessoas permitam que o profissional agente de endemias faça uma avaliação em suas casas. Segundo ele, quando for necessário, é fundamental a aplicação de inseticida nas áreas onde frequentemente são encontrados Aedes aegypti.