Covid-19: aumento de casos no Amazonas está associado à subvariante BA.5.3.1
Informações foram divulgadas pelo virologista Felipe Naveca, coordenador do Núcleo de Vigilância de Vírus Emergentes da Fiocruz
De acordo com informações divulgadas pelo virologista Felipe Naveca, coordenador do Núcleo de Vigilância de Vírus Emergentes, Reemergentes ou Negligenciados do Instituto Leônidas & Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), na terça-feira (8), a possibilidade de que o aumento do número de casos positivos de Covid-19 registrado nos últimos dias, no Amazonas, esteja associado à subvariante BQ.1, derivada da Ômicron e identificada recentemente, está descartada.
Segundo ele, a sublinhagem BA.5.3.1, identificada no estado em junho deste ano, corresponde a 94% dos casos no Amazonas no período mais recente analisado (até 21 de outubro), enquanto a BQ.1 foi encontrada em apenas um caso no Amazonas até o momento.
“Como estamos vendo, existe um aumento de casos no Amazonas, que não está associado até o momento com o avanço da BQ.1 e sim à sublinhagem BA.5.3.1”, afirmou o pesquisador.
Naveca adiantou que, em função das mutações encontradas na BA.5.3.1 foi solicitado ao comitê da OMS responsável pela classificação que seja criada uma designação própria para essa sublinhagem, o que deverá ser avaliado nas próximas semanas.
Além disso, o pesquisador explicou que as duas subvariantes compartilham algumas das mesmas mutações, mas que ambas não parecem provocar o aumento do número de casos graves.
“Essa é a informação mais importante no momento. Precisamos continuar monitorando para ver como vai se comportar a curva de casos nas próximas semanas, mas, felizmente não temos aumento de casos graves. Isso mostra que a imunidade adquirida pela população, principalmente por meio da vacinação, continua nos protegendo. Por isso, é fundamental que aqueles que ainda não tomaram a segunda dose de reforço procurem um posto de vacinação”, reforçou o especialista.