CPI da Covid; Renan se nega a fazer perguntas aos médicos defensores do tratamento precoce

Os senadores governistas reclamaram do comportamento do emedebista

[CPI da Covid; Renan se nega a fazer perguntas aos médicos defensores do tratamento precoce]

FOTO: Agencia Senado

O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), se recusou a perguntar aos dois médicos que estão nesta sexta-feira (18) na comissão do Senado defendendo o tratamento precoce contra a covid-19. Os depoentes são Ricardo Ariel Zimerman, ex-presidente da Associação Gaúcha de Profissionais em Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar, e Francisco Eduardo Cardoso Alves, especialista em infectologia pelo Instituto Emílio Ribas e diretor-vice-presidente da ANMP (Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social).

Renan abriu sua fala comentando a live do presidente Jair Bolsonaro de quinta-feira (17). "Estamos chegando a quase meio milhão de mortes por covid", lembrou Renan. "Nós tivemos ontem a continuidade criminosa da defesa da imunização de rebanho, do desdém com a eficácia da vacina e o exemplo do próprio presidente de que ele era a imunização natural, porque tinha contraído o vírus. Essa irresponsabilidade não pode continuar. Um presidente da República não pode chegar a tamanha irresponsabilidade. Os brasileiros estão morrendo. Ele precisa respeitar a memória de todos. O presidente continua fazendo o que sempre fez, utilizando indevidamente as mídias sociais para induzir os brasileiros ao erro e à morte, com mentiras, com falsidades. Em função deste escárnio e desse descaso, eu me recuso a fazer hoje qualquer pergunta aos depoentes, com todo respeito que tenho por vocês. Não tenho nada para perguntar", reiterou Renan.

Os senadores governistas reclamaram imediatamente do comportamento do emedebista. Marcos Rogério (DEM-RO) pediu para o presidente Omar Aziz (PSD-AM) escolher outra pessoa para ocupar a relatoria.

"Estou com vergonha do que estou assistindo aqui nesse momento, do papelão que fez o relator", disse Marcos Rogério, que chamou o ato de covardia. "Ouvi outros dois que eram contra [o tratamento precoce] e questionei. Eu tenho interesse pela vida. Tenho interesse em saber se o fique em casa mata ou salva, se o tratamento precoce mata ou salva", completou.

"Ouvir os dois lados é um gesto de grandeza e humildade de todos", disse Marcos Rogério.

Jorginho Mello (PL-SC) afirmou que o relator não poderia virar as costas para "dois médicos que vieram prestar esclarecimentos".


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