Cresce número de brasileiros com uso prolongado de telas no tempo de lazer, diz estudo

Avaliação foi feita com mais de 265 mil entrevistas entre 2016 e 2021

[Cresce número de brasileiros com uso prolongado de telas no tempo de lazer, diz estudo]

FOTO: Reprodução/Pixabay

Uma pesquisa do Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), publicada no periódico American Journal of Health Promotion, mostra que os moradores das capitais brasileiras e do Distrito Federal aumentaram o tempo gasto no lazer em celular, computador ou tablet (grupo chamado CCT) de 1,7 para 2 horas por dia, entre 2016 e 2021.  

Já o tempo médio assistindo TV manteve-se estável no período (de 2,3 para 2,2 horas por dia). Os pesquisadores também identificaram um aumento da frequência de adultos gastando três ou mais horas por dia em CCT, considerado tempo prolongado, que passou de 19,9% para 25,5%. 

O estudo destaca que o aumento do tempo dessas telas foi relevante em todos os grupos sociodemográficos, sendo que o uso prolongado foi mais intenso no grupo dos mais jovens (18 a 34 anos), mulheres e pessoas com 9 a 11 anos de estudo. Atualmente, o tempo de tela é a maior expressão do comportamento sedentário e, portanto, está associado a diversos desfechos adversos à saúde, especialmente relacionados às Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT).

“Analisamos comportamento sedentário por ser tema central na agenda mundial de Saúde Pública, e pelo fato de o tempo de tela discricionário, especialmente no lazer, ser uma possibilidade de escolha da pessoa. É muito importante monitorarmos o tempo de tela como uma ação de vigilância em saúde, de forma a apoiar a elaboração de diretrizes e desenvolvimento de políticas públicas para redução do comportamento sedentário”, afirma a pesquisadora Pollyanna Costa Cardoso da UFMG e doutoranda do programa, em comunicado.

A pesquisa foi feita por telefone, por meio do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel). Foram mais de 265 mil entrevistas entre 2016 e 2021. Os entrevistados tinham 18 anos ou mais.


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