Crise hídrica ameaça escoamento de 'commodities' e pode ter impacto mundial
Com seca, empresas têm optado por transportes por meio de rodovias e ferrovias
Com a seca no Brasil, a navegação no Rio Paraná se tornou mais impossível, desafiador e custoso para transportar commodities como grãos e minérios para o mercado global. A Bacia do Rio Paraná, que alimenta a maior hidrelétrica brasileira, a binacional Itaipu, passa pela pior crise hídrica em 91 anos. As informações são do jornal O GLOBO.
Essas consequências da questão hídrica avançam além das fronteiras, e a recuada no nível dos reservatórios já causam interferências nas cadeias de suprimentos e gargalos na Argentina e Paraguai.
De acordo com o vice-presidente da Federação Nacional de Empresas de Navegação Aquaviária, Luizio Rizzo Rocha, a sub-bacia Tiete-Paraná, que transporte grãos e oleaginosas para os terminais de exportação, está perto de interromper as atividades pela primeira vez desde a última seca severa, em 2014.
Com isso, caminhões de mineração passaram a lotar a principal rodovia da região e acidentes se tornaram mais frequentes. A Rio Madeira, responsável por transportar grãos e oleaginosas, também passa por um período de secas superior ao esperado para esta época do ano.
As empresas passaram a optar pelo transporte por rodovias e ferrovias como forma de atender os clientes dentro e fora do Brasil de forma segura e legal.