Crise no Cazaquistão

Confira o nosso editorial desta segunda-feira (10)

[Crise no Cazaquistão ]

FOTO: Divulgação/ AdilSeilov

Protestos violentos tomaram conta do Cazaquistão nos últimos dias, resultando na renúncia do governo e na declaração de estado de emergência, além do envio de tropas lideradas pela Rússia para tentar conter os distúrbios. De acordo balanço da tragédia divulgada no último domingo (9) por uma televisão estatal, 164 pessoas morreram em uma semana. 

No dia 2 de janeiro, a população decidiu ir às ruas, inicialmente, movida pela insatisfação com os preços dos combustíveis e do gás, somada ao descontentamento generalizado com o governo autocrático — corrupção, pobreza, desemprego, padrões de vida etc.

Apesar dos recursos naturais do país terem criado uma pequena elite extremamente rica, muitos cazaques se sentem deixados para trás.

Com os manifestantes nas ruas, o país, que é uma ex-nação soviética rica em petróleo, entrou em crise.

O aeroporto da maior cidade do país foi invadido (e ainda está sem operações), bem como prédios do governo, e o escritório administrativo da cidade foi incendiado. Em meio a tudo isso, mortes, um apagão de internet e edifícios danificados.

O país está em estado de emergência, com toque de recolher e restrições, além de equipes militares espalhadas pelo território. Além disso, o preço do gás foi reduzido, na tentativa de estabilizar a situação. Mas isso não foi suficiente, e os protestos continuam. Segundo o governo local, já são mais de 2 mil feridos neste período.

O Cazaquistão é o nono maior país do mundo, com muitos recursos naturais, sendo uma área importante para companhias como ExxonMobil, Shell e Chevron. A nação também é a principal fornecedora global de metal radioativo e, como se não bastasse, é o segundo maior país de mineração de Bitcoin. 

Com o corte da Internet, grande parte da mineração ficou off-line, afetando a criptomoeda, ou seja, se trata mais do que uma crise local, afetando as bolsas em todo o mundo e seus investimentos.


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