O ministro cubano da Economia e do Planejamento, Alejandro Gil, disse na última terça-feira (21), em comunicado à Assembleia Nacional, que o país chega ao fim do ano com inflação se aproximando de 70%. Segundo ele, essa realidade é um reflexo de dolorosas reformas econômicas e aumento no preço de importados.

Gil afirmou, ainda, que o país estava esperando uma inflação de 60% neste ano depois de desencadear uma série de medidas econômicas em janeiro, como o fim do sistema de cotação dupla do câmbio e aumento dos preços de bens considerados chave para a economia. Segundo o ministro, controlar a inflação será um dos principais desafios de 2022.

Ainda na terça-feira (21), Gil culpou as sanções americanas pela inflação. As restrições impostas pelos Estados Unidos, segundo ele, resultaram em uma série de contêineres com importações cubanas retidos em portos internacionais. Cuba viveu uma onda de protestos no início deste ano, em parte estimulados pela crise econômica. Com a queda do turismo em meio à pandemia, a economia do país encolheu 11% em 2020. Com a retomada das viagens, Gil garantiu aos membros da assembleia que a economia deverá crescer 4% em 2022 após uma alta de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano.