Caso Marielle: Google recorre ao STJ para não fornecer dados

O Tribunal do Rio de Janeiro solicitou ao Google - atendendo ao pedido do (MP-RJ) - que forneça uma lista de pessoas que pesquisaram na ferramenta o nome "Marielle Franco"

[Caso Marielle: Google recorre ao STJ para não fornecer dados ]

FOTO: Reprodução

Uma grande polêmica repercute no Brasil sobre o caso Marielle, envolvendo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) e o Ministério Público Federal (MPF). De acordo com a reportagem do jornal O Globo, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro solicitou ao Google - atendendo ao pedido do (MP-RJ) - que forneça uma lista de pessoas que pesquisaram na ferramenta o nome "Marielle Franco", entre os dias 10 e 14 de março de 2018.

Entretanto, a Google recorreu ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) para reverter a decisão. Ainda de acordo com a reportagem, o MPF ficou do lado da empresa e alegou que o pedido do MP-RJ atenta contra direitos e garantias de indivíduos não relacionados ao crime.

Com isso, o MP-RJ pediu à Justiça que quebrasse o sigilo para saber, nos cinco dias que antecederam o crime, os nomes daqueles que pesquisaram no Google, além de “Marielle Franco”, as palavras-chave “vereadora Marielle”, “agenda Marielle”, “agenda vereadora Marielle”, “Casa das Pretas”, “Rua dos Inválidos 122” e “Rua dos Inválidos”.

Caso 

A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados em 14 de março do ano passado. Até o momento, a principal prova contra Ronnie Lessa foi obtida por intermédio da quebra do sigilo telemático. 

Os investigadores conseguiram mostrar que o acusado monitorou pelo menos um encontro privado da vítima, com seu ex-marido Eduardo Alves, pouco antes de ser morta. 

Por conta disso, os promotores que atuam no processo acreditam que a lista de usuários poderá fornecer provas decisivas para o caso, razão pela qual o posicionamento do MPF causou mal-estar no MP-RJ.


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