Dinheiro da Telexfree bancou show de Paul McCartney
Foram pagos aproximadamente R$ 8 milhões somente de cachê
Em 10 de novembro de 2014, o ex-Beatle Paul McCartney se apresentou no inacabado Estádio Kleber Andrade, em Cariacica. Mas tão surpreendente quanto o espetáculo foi quem financiou a festa. O cachê milionário do artista foi pago com o dinheiro da Telexfree, a maior pirâmide financeira do mundo.
A denúncia, feita pela A Gazeta, aponta os indícios de uma trama, coordenada pelos chefões do golpe bilionário, para lavar dinheiro acumulado às custas de vítimas em mais de 100 países e mantido em contas de laranjas.
De acordo com o G1, as descobertas são baseadas em documentos públicos e em entrevistas que comprovam a ligação com o show. Também existem investigações sigilosas no Ministério Público Federal (MPF), que disse não comentar apurações em andamento.
Carlos Costa e Carlos Wanzeler, idealizadores da pirâmide gestada em Vitória, foram os responsáveis por viabilizar a turnê Out There! no Espírito Santo. A participação de ambos como financiadores foi confirmada pelo produtor local do evento, Flávio Salles.
Para autoridades brasileiras e americanas a Telexfree, que foi criada no Espírito Santo, não é uma mera pirâmide financeira. São apontadas fraudes como evasão de divisas, lavagem de dinheiro, manipulação de câmbio e venda de contratos coletivos de investimentos.
O cachê de Paul foi pago por Renato Alves, um dos principais líderes da Telexfree e foi considerado lavagem de dinheiro. Foram desembolsados, aproximadamente, R$ 8 milhões somente de cachê.
