Desigualdade recua na Bahia puxada por uma queda na renda média dos 10% mais ricos

Mesmo assim, a diferença na renda média total é a sexta maior entre os estados

[Desigualdade recua na Bahia puxada por uma queda na renda média dos 10% mais ricos]

FOTO: Agência Brasil

A desigualdade recuou na Bahia entre 2017 e 2018, puxada por uma queda na renda média dos 10% mais ricos (-18,5%). Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) de 2018, divulgados hoje (16), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no mesmo período, o estado teve a maior redução do país na desigualdade salarial ente os 10% que ganhavam mais e os 10% que ganhavam menos;

Mesmo assim, no ano passado, a diferença na renda total média ainda era a sexta maior entre os estados: os 10% que ganhavam mais recebiam 48 vezes o salário médio dos 10% que ganhavam menos (R$ 6.196 comparado a R$ 129). No Brasil, essa distância era de 36,9 vezes (R$ 9.369 versus R$ 254).

O salário médio dos homens caiu (-13,2%) e o das mulheres aumentou (+2,5%), assim a desigualdade de rendimento por sexo alcançou o menor nível histórico: no ano passado, elas ganhavam, em média, 10,5% menos que eles (R$ 1.377 e R$ 1.538, respectivamente).

Cor ou raça

A desigualdade salarial por cor ou raça também teve uma redução importante em 2018, no estado. Caiu a diferença tanto entre os rendimentos de trabalho de pardos e brancos (de -43,3% em 2017 para - 36,8% em 2018) quanto entre o de pretos e brancos (de - 50,7% para -31,6%).

Em 2018, o salário médio de quem tinha nível superior caiu 22,1%; ainda assim, era quase o triplo do que recebia quem tinha apenas nível médio (R$ 3.830 contra R$ 1.355).

A desigualdade no rendimento domiciliar também caiu na Bahia, entre 2017 e 2018, mas as residências mais ricas ainda tinham 61 vezes a renda das residências mais pobres.

O porcentual de domicílios baianos que recebem Bolsa Família vem apresentando leves quedas desde 2016 e chegou a 27,7% em 2018, sexto maior do país.


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