Em ano de eleição, dez ministros deixam seus pontos para tentar disputar cargos de deputado federal, senador, governador e até vice-presidente, com presença em todas as regiões do país. A lista representa quase metade das 23 pastas do governo.

Conforme previsto na lei, integrantes do Executivo devem deixar as funções em até seis meses antes do pleito, ou seja, até este sábado (2), caso pretendam concorrer nas eleições. As exonerações foram publicadas no Diário Oficial da União (DOU) na quinta-feira (31). Eles apoiarão o presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições.

O ministro Walter Braga Netto (PL) deixou o Ministério da Defesa e é cotado para ser candidato a vice de Bolsonaro. Ele segue no governo, mas deve atuar como assessor-especial do gabinete pessoal do presidente.

Tarcísio de Freitas, recém-filiado ao Republicanos, saiu da liderança do Ministério da Infraestrutura para tentar uma candidatura a governador de São Paulo.

João Roma, que ingressou no PL, abandonou a pasta da Cidadania para disputar o governo do estado da Bahia. Já Onyx Lorenzoni, que também migrou para o PL, deixou o Ministério do Trabalho e Previdência para se candidatar ao governo do Rio Grande do Sul.

Flávia Arruda (PL) deixa o cargo de ministra-chefe da Secretaria de Governo e deve tentar uma vaga no Senado pelo Distrito Federal.

Tereza Cristina, que saiu do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, se candidata ao senado pelo Mato Grosso do Sul, estado que a elegeu deputada federal duas vezes (2014 e 2018).

Damares Alves, que saiu do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, se filiou ao Republicanos e deve concorrer a senadora pelo Amapá.

Gilson Machado trocou o PSC pelo PL e foi exonerado do cargo de ministro do Turismo. Ele pretende disputar o Senado por Pernambuco.

Rogério Marinho (PL), que ocupava o cargo de ministro do Desenvolvimento Regional, deve ser candidato ao Senado pelo Rio Grande do Norte. Já Fábio Faria, ministro das Comunicações, também pretendia disputar ao cargo, mas desistiu.

Marcos Pontes (PL), um dos poucos remanescentes da equipe original do governo, saiu do Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovações. Ele deve concorrer a uma vaga de deputado federal por São Paulo.

Além disso, outros três filiados ao PL deixaram o governo nesta quinta-feira com o objetivo de disputar vagas no Câmara dos Deputados: Mário Frias, que era secretário especial da Cultura; Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência); e Sérgio Camargo, que presidia a Fundação Palmares.