Dimas Covas crítica estudo que avaliará 3ª dose da Coronavac

Ministério da Saúde fará a pesquisa junto à Universidade de Oxford

[Dimas Covas crítica estudo que avaliará 3ª dose da Coronavac]

FOTO: Agência Brasil

O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, criticou um estudo do Ministério da Saúde que visa avaliar a aplicação de uma terceira dose em pessoas vacinadas com o imunizante da Coronavac contra a Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus. O estudo será realizado em parceria com a Universidade de Oxford e terá início nas próximas duas semanas.

Dimas Covas disse ainda que o Butantan ficou sabendo do estudo pela imprensa e, além disso,  afirmou ter achado “estranho” que o levantamento fosse especificamente sobre a Coronavac.

“Isso me leva a ficar pensado que possa ter outra motivação por trás dessa decisão”, disse. “Na apresentação do ministro [Marcelo Queiroga] junto a uma pesquisadora foi dito que a Coronavac seria testada em relação à terceira dose, porque tem uma queda de anticorpo. Informações absolutamente erradas. A pesquisadora que estava ali infelizmente se enganou profundamente nas suas declarações”, completou Dimas.

As declarações aconteceram na manhã desta sexta-feira (30), durante a entrega de mais 1,2 milhão de doses da vacina do Butantan contra a covid ao Programa Nacional de Imunizações (PNI). Ainda na ocasião,  o diretor pediu para que o Ministério da Saúde tenha transparência com o andamento da pesquisa, apresentando planejamento e registros de cada etapa. “Estranhei muito que o Butantan não tenha sido pelo menos gentilmente ou educadamente comunicado que estaria sendo planejado um Estudo”, complementou Dimas.

Pesquisa

Na última quarta-feira (28), o Ministério da Saúde informou que vai realizar um estudo para avaliar a necessidade de uma terceira dose em pessoas imunizadas com Coronavac. O imunizante é desenvolvido por uma farmacêutica chinesa e produzido no Brasil pelo Instituto Butantan. 

De acordo com a pesquisadora Sue Ann Clemens, que coordenará o estudo, é preciso saber a duração da proteção de cada vacina. Para os imunizantes da Pfizer, AstraZeneca e Janssen, diz ela, já há publicações demonstrando a duração da proteção. "Em relação à Coronavac, precisamos avaliar isso. Estudos já mostraram que a proteção começa a cair com 6 meses", disse Sue, brasileira que trabalha na Universidade de Oxford.

Nesta semana, um estudo preliminar publicado por cientistas chineses mostrou que o nível de anticorpos neutralizantes produzidos pelo organismo após a imunização com Coronavac caiu depois de seis meses. 
 


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