"É oportunismo ACM Neto se associar a Lula", diz Jerônimo

Declaração foi realizada pelo candidato do PT ao governo do Estado durante entrevista à Folha de S. Paulo

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FOTO: Farol da Bahia | Divulgação | Divulgação

O candidato ao Governo da Bahia pelo PT, Jerônimo Rodrigues, afirmou que o seu principal adversário na disputa, ACM Neto (União Brasil), age com oportunismo ao querer se associar a Lula, candidato à Presidência pelo PT. Em entrevista à Folha de S. Paulo, o político também falou sobre os gargalos que a Bahia enfrenta na educação, segurança e emprego.

De acordo com Jerônimo, o fato de Neto não abraçar a candidatura do atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), é uma questão de "oportunismo". "Ele não gosta do Lula, não gosta do PT. Ele fez campanha para Bolsonaro, o partido dele indicou cargos federais. Tem foto deles abraçados, sorrindo. Lula precisa de votos, ele não vai escorraçar votos", afirmou o petista.

Ainda sobre a suposta estratégia de Neto, Jerônimo diz: "Na política, não existe água morna. Você é ou não é. O ex-prefeito andou dizendo que ia dar uma surra em Lula. Andou dizendo que o Lula é muleta de Jerônimo. É um tratamento muito ruim, do tempo do passado. Ele é novo, mas a cabeça dele é antiga, o modelo dele de governar dele é antigo. Ele acha que ser gestor é autoritarismo, mas não aguenta pressão, está sofrendo com as pesquisas agora", declarou.

Questionado sobre educação em uma possível vitória, o candidato petista afirmou que a proposta principal de seu programa de governo é a educação em tempo integral. Essa é a minha prioridade.

Sobre o cenário do desemprego, ele afirmou: O" estado sozinho não resolve. Emprego é questão estrutural, é macroeconomia. Agora, não vou também ficar celebrando que a maior taxa desemprego das capitais é Salvador. É culpa do prefeito? Eu não quero pensar assim. Vamos fazer os investimentos necessários, formar mão de obra. Estamos com a pauta de industrialização forte com energia eólica, solar, hidrogênio verde".

Quando questionado sobre a polêmica envolvendo a cor de ACM Neto, que se autodeclarou pardo ao TSE, ele afirmou que não foi uma atitude de bom tom. "Fica um negócio meio fora de tom, não é? O partido dele votou contra as cotas. Aí, para receber o dinheiro de cotas do partido, foi isso que aconteceu? Ele nunca se declarou tão veementemente. Eu prefiro respeitar o povo negro. Ele não tem nem na condição de cor, nem na na condição social característica de negro. Acho que é falta de ética", afirmou Jerônimo.


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