Eleições: nas redes, Padre Kelmon fornece Pix pessoal para pedir doações à igreja

O candidato à Presidência faz parte de uma entidade religiosa peruana não reconhecida no Brasil

[Eleições: nas redes, Padre Kelmon fornece Pix pessoal para pedir doações à igreja]

FOTO: Reprodução/Instagram

O candidato à Presidência da República Kelmon Luis da Silva Souza (PTB), 44, ganhou destaque desde o último debate entre presidenciáveis no sábado (24), transmitido pelo SBT, após defender e elogiar o presidente Jair Bolsonaro (PL). Filiado ao PTB desde 2020, Kelmon foi escolhido para substituir Roberto Jefferson, que tornou-se inelegível até 2023 devido ao escândalo do mensalão.

Através do Instagram, Kelmon pede doações para a sua igreja, disponibilizando chaves Pix com o seu e-mail pessoal e CPF. O petebista pede, inclusive, que fiéis destinem o dízimo ou doem mensalmente para que ele consiga realizar ações pastorais na Ilha de Maré. Ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o petebista declarou um patrimônio de R$ 8.548,13. Para a sua campanha, a direção nacional do PTB investiu R$ 1,545 milhão, até o último dia 22.

O petebista já foi filiado ao PT e, hoje, se diz arrependido por esse ato praticado durante a sua juventude. Contra a esquerda, o candidato chegou a dizer, durante o debate, que "só o fato de o presidente não ser de esquerda, já nos garante um alívio muito grande." Nas redes sociais, Kelmon defende pautas conservadoras, como o "Pacto Pela Vida" contra o aborto, e compactua com posições contra o Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a "prisão de todos os ministros".

O "padre", como se intitula, faz parte de uma entidade religiosa peruana não reconhecida pelo Brasil. Em 2021, o Farol da Bahia publicou uma denúncia contra Kelmon por atuar falsamente como padre na comunidade quilombola de Bananeiras, na Ilha da Maré. Posteriormente, ele publicou fotos nas redes reforçando ser padre, mas não mostrou documentos que comprovassem a ordenação. Após a denúncia do Farol, o caso também ganhou repercussão na coluna de Malu Gaspar, do Jornal O Globo.

Apesar de não ter pontuado nas pesquisas eleitorais, Kelmon estará presente no último debate entre presidenciáveis, veiculado pela rede Globo nesta quinta-feira (29), graças à regra eleitoral que dá o direito de participação a candidatos com representação de cinco ou mais parlamentares no Congresso.


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