A hanseníase, considerada a enfermidade mais antiga da humanidade, tem cura. No Brasil, entretanto, é um sério problema de saúde pública. O país concentra mais de 90% dos casos de hanseníase da América Latina, sendo o segundo no mundo com a maior incidência, atrás apenas da Índia, de acordo com a Dahw Brasil, ONG alemã de assistência a hanseniamos, com 61 anos existência e atuação em 21 países.
Doença tropical negligenciada, infectocontagiosa de evolução crônica, se manifesta principalmente por meio de lesões na pele e sintomas neurológicos como dormências e diminuição de força nas mãos e nos pés. Quando descoberta e tratada tardiamente, a hanseníase pode trazer deformidades e incapacidades físicas.
É a antiga lepra, que ceifou milhões de vidas na Europa da Idade Média e ainda hoje ataca mais de 12 milhões de pessoas ao redor do globo.
E não é tudo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a incidência da hanseníase no Brasil representa 12% dos casos do planeta, mesmo tento tratamento gratuito oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O Janeiro Roxo – em 2016, o Ministério da Saúde oficializou o mês de janeiro e consolidou a cor roxa para campanhas educativas sobre a doença – reforça a importância do diagnóstico precoce e, por consequência, o enfrentamento da doença. A ideia é alertar à população quanto aos sintomas da doença e quebrar quaisquer barreiras que impedem as pessoas, supostamente infectadas, busquem uma opinião médica para confirmar a hanseníase ou dizer, oficialmente, que se trata de uma simples suspeita.