Tensão mundial

[Tensão mundial ]

FOTO: Reprodução

O primeiro fim de semana de 2020 já está escalonado pela tensão decorrente do ataque dos Estados Unidos, na madrugada desta sexta-feira (3), que matou o major-general Qassim Suleimani, comandante da Força Quds da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã. Especialistas consideram que a tensão a partir de hoje entre Washington e Teerã seja a maior em pelo menos 10 anos. 

Com o aval do presidente Donald Trump e o apoio incondicional de milhares de norte-americanos, que estão nas redes sociais comemorando e até satirizando o ocorrido, o mundo agora convive com o medo de mais uma guerra e, por consequência, o impacto no cotidiano devido a todos os infortúnios destes conflitos bélicos de grande porte, que envolvem potências mundiais e extremamente armadas.

A morte de Suleimani é grave e uma retaliação fica na eminência, apesar de difícil prever o grau de um suposto ataque do Irã contra os EUA para honrar a morte de uma autoridade tão importante dentre do Islamismo – o general era responsável pela mais significantes operações militares no Oriente Médio. Além disso, era uma espécie de herói nacional, no auge da sua representatividade, com muitos méritos por ter blindado e consolidado o poder do presidente Hassan Rouhani no Irã.

Não à toa, a morte de Suleimani é apontada no Oriente Médio como ainda mais grave do que foi a de Osama Bin Laden, e esta suspeita, por si só, é preocupante ao mundo inteiro. 

Nos Estados Unidos, o ataque ao Aeroporto Internacional de Bagdá, no Iraque, onde estava o alvo da operação, Suleimani, há um debate sobre o que justifica – e, para outros, que legitima – a escalada militar de Donald Trump. O Irã não tem como declarar guerra aberta, seria suicídio. Para muitos, é um sinal de que o governo Trump não vai hesitar no uso de força. 

Por outro lado, analisa-se que os atuais assessores dedicados a questões do Irã na Casa Branca são inexperientes, e apoiaram o ataque para tentar aumentar a popularidade do presidente ante o processo de impeachment do mandatário americano que corre no Congresso.

Por hora, nenhum indício de guerra, mas é assim que toda guerra começa, mesmo, quando as catástrofes são danosas o bastante para enterrar qualquer armistício de paz. As consequências do ataque são imprevisíveis e o momento, para nações de todo o globo, é de muita precaução em ordem de qualquer posição a ser tomada, de qualquer medida a ser tomada.


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