Guedes afirma que “inferno” da inflação passou e que é “natural” ele seguir no cargo se Bolsonaro for reeleito

De acordo com o IBGE, a inflação registrou alta de 1,06% em abril, a maior para o mês desde 1996

[Guedes afirma que “inferno” da inflação passou e que é “natural” ele seguir no cargo se Bolsonaro for reeleito]

FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Paulo Guedes, ministro da Economia no Brasil, afirmou nesta quinta-feira (19) em um evento organizado pela empresa Arko Advice e Traders Club, em São Paulo, que o Brasil já saiu do “inferno” da inflação e que é “natural” ele continuar no cargo em um eventual segundo mandato do presidente Jair Bolsonaro.

“Está faltando manteiga na Holanda, tem gente brigando na fila da gasolina no interior da Inglaterra, que teve a maior inflação dos últimos 40 anos e vai ter dois dígitos [acima de 10%] já já. Eles estão indo para o inferno. Nós já saímos do inferno, conhecemos o caminho e sabemos como se sai rápido do fundo do poço”, declarou, durante evento transmitido pela internet.

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a inflação registrou alta de 1,06% em abril, a maior para o mês desde 1996. Além disso, segundo o Banco Central, os analistas do mercado financeiro preveem a inflação em 7,89% ao final deste ano. A meta, definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), é de 3,5% e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 2% e 5%.

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerado a inflação oficial do País, atingiu 12,13% nos últimos 12 meses até abril, maior inflação para o período de 1 ano desde outubro de 2003. A alta foi impulsionada principalmente pelo preço dos combustíveis.

O Banco Central tem subido os juros básicos da economia há 15 meses com intuito de conter a alta de preços. Atualmente, a taxa Selic está em 12,75% ao ano, o maior patamar em mais de cinco anos. O presidente da instituição, Roberto Campos Neto, acredita que o pico da inflação será entre os meses de abril e maio.

Ainda na ocasião, Guedes afirmou que é “natural” continuar no cargo de ministro se o presidente Jair Bolsonaro for reeleito. “Se essa coalizão seguir, é natural que eu ajude, que eu apoie, que eu esteja lá”, declarou.

“Em um aliança de liberais conservadores, vão apoiar, vão acelerar privatizações, vamos zerar o IPI, vamos aprofundar o choque de energia barata. Se essa for a música, vou correndo atrás. Se a música mudar, estou velhinho, estou cansado, não consigo tirar férias. Mas parece que a banda está tocando bem”, acrescentou.


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