A taxa de inadimplência do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) atingiu, em junho deste ano, R$ 6,6 bilhões. Dos quase dois milhões de contratos já na fase de pagamento da dívida, pouco mais de um milhão tinham atraso de mais de 90 dias nas parcelas. Os dados são do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).

De acordo com a entidade, o saldo devedor do total de contratos é de R$ 71,9 bilhões, mas estão em débitos R$ 6,6 bilhões, que não foram quitados até o final do primeiro semestre deste ano. 

É considerado "inadimplente" os contratos que estão há mais de 90 dias sem pagamento das prestações mensais. 

Para que o contratante regularize a situação e quite a dívida gerada, o Ministério da Educação criou em 2019 o programa de renegociação, no entanto, teve baixa adesão. Apenas 2% dos inadimplentes conseguiram cumprir os critérios do programa. 

Em 2020, a renegociação foi aberta em outubro e contou com quatro tipos de adesão, com parcelamento em até 175 parcelas e descontos que variavam entre 25% e 100% dos encargos de juros e multas por atraso. 

Ainda não há estimativas e prazos para o programa de renegociação ser aberto neste ano.