Infecção urinária: bactéria infecta 70% das mulheres

Especialista indica combinar tratamento com antibióticos e dieta específica

[Infecção urinária: bactéria infecta 70% das mulheres]

FOTO: Divulgação

As Infecções no Trato Urinário (ITU), popularmente conhecidas como infecção urinária, geralmente acontecem em mulheres, sobretudo que se encontram em idade fértil, segundo Raphael Paschoalin, nefrologista, graduado pela Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp).

Cerca de 70% das mulheres terão infecção urinária pelo menos uma vez na vida, destaca o médico. Os sintomas mais comuns conhecidos são: dor ao urinar, necessidade de urinar com frequência, urina escura ou com presença de sangue e dor pélvica, urina com cheiro muito forte; dor pélvica; dor no reto; aumento da frequência de micções e Incontinência urinária. A infecção está divididas em três tipos: Cistite, Uretrite, Pielonefrite. 

Para Paschoalin, é fundamental passar pelo médico especialista para fazer avaliação e identificar o tipo da bactéria, e posteriormente ser receitado com o medicamento correto para o tratamento, que, em sua maioria é combatido através de antibiótico. “O tratamento é rápido, na maioria dos casos, e varia de três a cinco dias”.

 A cistite, por exemplo, é uma infecção bacteriana na bexiga ou no trato urinário inferior, que na maioria das vezes é causada por um tipo de bactéria proveniente do trato gastrointestinal, chamada Escherichia coli. 

A uretrite consiste na inflamação ou infecção da uretra, o canal que transporta a urina da bexiga para fora do corpo. As uretrites são decorrentes de bactérias provenientes do trato gastrointestinal, mas pelo fato da uretra nas mulheres estar mais próxima da vagina, algumas infecções como herpes, gonorreia e infecção por clamídia podem levar à uretrite.

E a pielonefrite  é um tipo de infecção do trato urinário que geralmente começa na uretra ou bexiga e viaja para um ou ambos os rim. Se não for tratado adequadamente, uma infecção renal pode prejudicar permanentemente os rins ou a bactéria pode se espalhar para a corrente sanguínea e causar uma infecção potencialmente fatal.

Nenhum dos tratamentos caseiros, quando feitos isoladamente, são eficientes contra a infecção urinária, por isso, o ideal é sempre buscar o médico quando o problema aparece. No entanto, alguns alimentos e bebidas podem ser aliados aos antibióticos para turbinar o processo de cura, como: beber bastante água; cranberry; melancia; chá de manjericão; Chá de carqueja; Chá de aroeira. 

Se não for tratada, uma infecção urinária pode causar complicações mais graves, como: Infecções recorrentes, especialmente em mulheres que já apresentaram três ou mais infecções; Danos permanentes aos rins; O risco de infecção do sangue com risco de vida é maior para crianças, idosos e aqueles cujos organismos não conseguem lutar contra as infecções (por exemplo, devido ao HIV ou à quimioterapia para o câncer); Aumento no risco de grávidas darem luz a bebês abaixo do peso normal ou prematuros. 

A frequência da infecção nas mulheres gestantes é quase a mesma que em mulheres não grávidas, apesar de ser mais comum a infecção urinária durante a gestação. 

A infecção urinária acontece 12% de crianças até os 12 anos de idade. Nas crianças até 11 anos de idade, o risco de adquirir ITU foi 3% em meninas e 1% em menino, e 50% delas têm recorrências dentro de um ano. Nos lactentes, é a infecção bacteriana mais comum, principalmente nos primeiros meses de vida. Em lactentes e em especial nos neonatos, é particularmente grave, pelo risco de formação de cicatriz pielonefrítica. Dentro do primeiro ano de vida, a ITU febril (38,5ºC) pode corresponder a pielonefrite aguda em 90% dos casos.

De acordo com a assessoria do Ministério da Saúde, a infecção urinária é uma doença que não é catalogada, portanto não existe dados estatístico para definir idade ou gênero que aponte o índice de pessoas que contraiu a enfermidade.


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