Levantamento mostra que Universidades privadas perderam 350 mil estudantes presenciais em 2021

Detalhes sobre cenário do ensino superior serão apresentados nesta terça-feira (8)

[Levantamento mostra que Universidades privadas perderam 350 mil estudantes presenciais em 2021]

FOTO: Reprodução

As universidades privadas perderam um total de 110 mil estudantes em 2021, de acordo com as projeções do Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo (Semesp), passando de 6,44 milhões de estudantes para 6,33 milhões. Esse e outros dados estão presentes na apresentação do Mapa do Ensino Superior no Brasil 2021, na manhã desta terça-feira (8).

A variação de 1,7%, entre 2020 e 2021, aconteceu após a perda de 350 mil (8,9%) universitários na modalidade presencial e o ganho de 240 mil (9,8%) estudantes em cursos à distância. "O acesso a uma graduação ainda tem sido um fator de desigualdade social, seja por falta de vagas, de incentivos ou de políticas públicas eficientes", diz Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp.

Segundo a projeção do Semesp, esse é o segundo ano seguido de quedas de matrículas no ensino superior privado, o que nunca aconteceu entre 2009 e 2019. Nesse período, houve, de acordo com o Mapa do Ensino Superior no Brasil 2021, uma concentração de matrículas em grandes instituições.

Ainda segundo o documento do Semesp, o Brasil chegou em 2020 com o menor número de novos contratos do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), com apenas 54 mil contratos. Em 2014, foram 733 mil. Para o ano de 2021, a previsão é que se chegue a 93 mil. 

De acordo com o Semesp, a taxa de evasão de alunos sem Fies nem Prouni é de 26,2%. Entre os alunos com financiamento, ela ficou em 6,4%. Para o diretor executivo, as políticas públicas de acesso ao ensino superior têm deficiências que precisam ser corrigidas.

"O aluno que ingressa com Fies/Prouni entra mais vocacionado, escolhendo o curso e a instituição de ensino superior que quer cursar, daí a menor evasão. Sem programas de financiamento a evasão é maior porque o estudante escolhe pela facilidade de ingresso e pelo preço do curso, sem levar em consideração a vocação.", explica Capelato.


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