Líderes globais adotam discurso de guerra e patriotismo contra pandemia

Frases e gestos nacionalistas se tornaram comuns

[Líderes globais adotam discurso de guerra e patriotismo contra pandemia]

FOTO: Reprodução/Agência Brasil

Retórica militar, patriotismo e a lembrança de glórias passadas. Na crise do coronavírus, líderes mundiais têm buscado em entrevistas e pronunciamentos, inspiração no primeiro-ministro britânico Winston Churchill. Durante a Segunda Guerra, Churchill tornou-se um ícone ao levantar o moral de um povo britânico que estava assustado com o avanço nazista, prometendo nunca se render. Chefes de Estado e de governo têm recorrido a frases e gestos grandiosos para demonstrar a gravidade do momento e pedir a união nacional.

Mesmo com o uso das redes sociais, a TV segue sendo um veículo incontornável, com frequentes cadeias nacionais e coletivas. Em pronunciamento à nação francesa no último dia 16, o presidente Emmanuel Macron usou sete vezes a expressão “estamos em guerra” em um espaço de 21 minutos. “Não lutamos contra um Exército ou contra outra nação. Mas o inimigo está lá, invisível, imperceptível, disse Macron.

Na Alemanha, a chanceler Angela Merkel adotou o mesmo modelo, no dia 18. Comparou o momento à luta contra o nazismo. “Desde a reunificação, não, desde a Segunda Guerra Mundial, não houve outro desafio para nosso país que dependa tanto de nossa ação solidária e comum”, afirmou Merkel.

O presidente norte-americano, Donald Trump, também investe pesado em metáforas bélicas, e chegou a se declarar um “presidente em tempo de guerra” no dia 18.“Cada geração de americanos é chamado a fazer sacrifícios pelo bem da nação. Na Segunda Guerra, adolescentes e jovens se voluntariaram para lutar”, declarou.

Em comparação, nos dois pronunciamentos do presidente Jair Bolsonaro sobre o vírus, Em ambos, pediu apenas para não haver pânico. No Brasil, segundo dados das secretarias de saúde estaduais divulgados nesta segunda-feira (23), 1.621 pessoas estão infectadas em todos os estados do Brasil e 25 morreram, 22 deles apenas no estado de São Paulo.


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