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Mioesteatose: a infiltração de gordura nos músculos que pode ser tão perigosa quanto a obesidade

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Mioesteatose: a infiltração de gordura nos músculos que pode ser tão perigosa quanto a obesidade

Estudo revela que a acumulação de gordura nos músculos aumenta o risco de morte, semelhante ao tabagismo e ao diabetes

Por Da Redação
Mioesteatose: a infiltração de gordura nos músculos que pode ser tão perigosa quanto a obesidade
Foto: Reprodução/freepik

A mioesteatose, um fenômeno pouco conhecido que envolve a infiltração de gordura nos músculos, está ganhando destaque devido a um estudo recentemente publicado na revista Radiology. A pesquisa revela que os adultos que apresentam acúmulo de gordura nos músculos têm um risco aumentado de morte, equivalente ao associado ao tabagismo ou diabetes. Esse fenômeno ocorre devido à invasão da gordura nos músculos, prejudicando sua função e levando à perda de qualidade, força e mobilidade muscular. 

O endocrinologista Clayton Macedo, especialista em Exercício e Esporte, enfatiza que a mioesteatose está correlacionada com várias condições de saúde, incluindo obesidade, diabetes, sarcopenia (perda de massa muscular) e doenças cardiovasculares. Essa condição, muitas vezes, não apresenta sintomas iniciais, mas ao longo do tempo, a gordura substitui o músculo saudável, afetando negativamente a função muscular.

O diagnóstico da mioesteatose geralmente ocorre incidentalmente durante exames de ressonância magnética e tomografia realizados para investigar outras doenças. Esses métodos de diagnóstico conseguem identificar com precisão o conteúdo de gordura nos músculos, seja subcutâneo (entre as fibras musculares) ou intramuscular (dentro das fibras musculares).

Um estudo recente realizado na Universidade Católica de Lovania, em Bruxelas, demonstrou que a mioesteatose está fortemente associada a um risco aumentado de morte. Mesmo entre adultos com Índice de Massa Corporal (IMC) semelhante, a presença dessa condição aumentou o risco de problemas graves de saúde. Os resultados revelaram que o risco absoluto de mortalidade entre aqueles com mioesteatose foi de 15,5%, superior ao risco relacionado à obesidade (7,6%) e à esteatose hepática (8,5%). Surpreendentemente, esse risco foi comparável ao do tabagismo e diabetes tipo 2, independentemente do IMC dos participantes.

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