Moraes dá prazo de 48h para Bolsonaro explicar estadia de dois dias na embaixada da Hungria
No âmbito da investigação por tentativas de golpe de Estado, ex-presidente teve passaporte apreendido recentemente
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 48h para que o ex-presidente Jair Bolsonaro explique o motivo de ter passado duas noites na embaixada da Hungria, em Brasília.
O ministro é relator do inquérito que investiga Bolsonaro, políticos e militares por tentativas de golpes de Estado. Pelo decorrer das investigações, no dia 8 de fevereiro, Moraes determinou a apreensão do passaporte do ex-presidente para evitar que ele deixasse o país.
Dias depois da medida de Moraes, entre os dias 12 e 14 de fevereiro, Bolsonaro esteve hospedado na embaixada da Hungria.
Conforme normas do direito internacional, como embaixadas são consideradas áreas invioláveis, Bolsonaro só poderia ser alcançado por agentes brasileiros mediante consentimento do governo húngaro.
Em comunicado à imprensa, os advogados do ex-presidente informaram que Bolsonaro "passou dois dias hospedado na embaixada da Hungria em Brasília para manter contatos com autoridades do país amigo" e que, no período, o ex-presidente "conversou com diversas autoridades húngaras "atualizando os cenários políticos das duas nações".
Em evento mais cedo, no Centro de São Paulo, Bolsonaro foi questionado pela imprensa sobre o caso e disse: "Por ventura, dormir na embaixada, conversar com embaixador, tem algum crime nisso?
