Mourão afirma que aumento da alíquota do IOF serve para dar 'folga nas manobras'
Medida irá se estender até 31 de dezembro deste ano
O presidente da República em exercício, general Hamilton Mourão, comentou a entrada em vigência do aumento da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que vai se estender até 31 de dezembro deste ano. Para Mourão, a arrecadação adicional de R$ 2,1 bilhões que esse reajuste irá proporcionar, e que será destinado ao pagamento do benefício do novo Bolsa Família, não é tão expressiva e será usada mais para dar uma "folga" nas contas.
“O que pude entender é até o final do ano (a vigência do reajuste). Essa arrecadação não é tão expressiva assim. De R$ 2 bilhões. É mais para dar uma folga nas manobras que estão sendo feitas. O presidente mesmo comentou ontem que muita gente está desempregada, tem muita gente sem perspectiva. Compete ao governo auxiliar”, disse.
Mourão afirmou ainda que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não deixou qualquer incumbência específica para ele. Em conversa com apoiadores do governo, o vice-presidente confirmou encontro com o ministro da Economia, Paulo Guedes, que suspendeu a ida aos Estados Unidos para tratar de alguns assuntos da área. Sem uma solução para o impasse dos precatórios e sem espaço no Orçamento em razão da alta da inflação, o governo decidiu aumentar imposto para bancar a nova versão do Bolsa Família.
A medida deve tornar o crédito mais caro no país O governo quer iniciar o programa que reformula e amplia o Bolsa Família logo após o fim do Auxílio Emergencial, em outubro, mas faltava apontar a fonte dos recursos. O aumento da alíquota do IOF neste ano atende a exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) para indicação de fonte de compensação para uma elevação de despesa.