As entidades ONU, Unicef e OMS vão se unir para lançar um plano humanitário com o intuito de lidar com a crise provocada pela pandemia do Novo Coronavírus.

O plano será equivalente ao que ocorre quando um país ou região se depara com uma guerra ou um desastre natural.

A perspectiva é de que centenas de milhões de dólares serão necessários para dar uma resposta à crise, diante da paralisia de países inteiros e o colapso em cadeias produtivas.

Estimativas revelam que o abalo para a economia mundial pode chegar a US$ 2 trilhões, o que seria traduzido em um aprofundamento da pobreza. Para a ONU, a crise global de saúde é a maior em 75 anos e pode gerar uma recessão de proporções inéditas.

Desemprego

As entidades afirmam que o número de desempregados pode aumentar em 25 milhões, numa crise mais aguda que aquela gerada com a recessão de 2008 e 2009. A perspectiva é de que a renda dos trabalhadores deve sofrer um abalo de US$ 3,4 trilhões, algo inédito. O número de pessoas vivendo na miséria, ainda que trabalhando, poderia ainda ser um salto de mais de 20 milhões.

Para as entidades governos terão de agir para garantir créditos e ampliar suas redes de proteção social. O Banco Mundial também estabeleceu uma linha de crédito com US$ 12 bilhões, destinados aos pequenos empresários. 

Mas uma parcela importante das entidades internacionais está preocupada com o impacto que tal pandemia teria se chegasse em regiões já assoladas por conflitos armados e outras crises, inclusive ambientais. No total, a ONU estima que 100 milhões de pessoas poderiam estar vulneráveis nessas regiões.

Em algumas áreas do mundo, já se vê governos endividados depois da pandemia e, portanto, incapazes de cumprir suas promessas de financiar a ajuda aos refugiados. O que vai resultar em um aprofundamento da miséria - e de doenças - entre essa população.