A Nova Previdência já pode ser considerada uma reforma robusta. A diferença na votação em primeiro turno ontem à noite na Câmara – 379 votos a favor ante 131 contra – mostra maturidade e o amplo entendimento da maioria dos parlamentares quanto à importância de agilizar este processo histórico no Brasil. Isso, por certo, deve influenciar no Senado e, assim, consolidar a vitória do governo com uma conquista inédita - que é do país. 

O pontapé inicial enfim foi dado para reajustar o orçamento federal e, também, ajeitar o país a práticas econômicas em pleno funcionamento em tantas nações ao redor do globo, seja as de primeiro mundo ou em franca emergência. 

A conta tem que fechar para que o governo – e de imediato o governo Bolsonaro – consiga honrar com seus deveres aos contribuintes da previdência. Além disso, o trâmite em ritmo acelerado no Congresso deve fazer valer a previsão do Banco Central em relação à queda dos juros.

Mas é preciso reconhecer o mérito da Câmara em chegar a um consenso rápido quando determinaram algumas mudanças à Proposta apresentada lá em fevereiro pelo governo, como exclusão dos estados e municípios, a retirada do modelo de capitalização e apontar novas regras transitórias aos atuais segurados. São medidas razoáveis, dependendo do ponto de vista até são omissas, longe de pontuais e indefectíveis, mas que corroboraram para um desfecho vitorioso, que deve se concretizar por completo muito em breve. 

O alarmismo pulverizado pelo The Intercept Brasil bem que tentou frear a votação da Reforma – em vão. Uma nova crise institucional pós-Dilma Rousseff e Michel Temer não interessa ao país e, dar vazão àquelas reportagens com supostos indícios de ilicitudes de um agora ministro da Justiça, entre outros personagens, seria um desnecessário desgaste ao que realmente é crível e relevante ao país: crescer economicamente, mas também à base de uma política conduzida por quem é comprometido com uma agenda Brasil.