'Nunca estivemos tão perto de acabar com a emergência' diz líder da OMS sobre a Covid-19

'Nunca estivemos tão perto de acabar com a emergência' diz líder da OMS sobre a Covid-19

['Nunca estivemos tão perto de acabar com a emergência' diz líder da OMS sobre a Covid-19]

FOTO: OMS / Christopher Black

A crise sanitária da Covid-19 pode não ter chegado ao fim, mas a líder técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria Van Kerhove, reconhece que "nunca estivemos tão perto" do ponto em que o vírus não representa mais uma emergência mundial. As informações são do jornal O Globo. 

Presente na 6ª Conferência Global de Ciência, Tecnologia e Inovação (G-Stic), evento que pela primeira vez acontece na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Maria falou que espera acabar com a emergência da doença neste ano. 

"Na verdade, esperávamos ter trancado no ano passado, mas não utilizamos as ferramentas disponíveis da maneira mais eficaz em todo o mundo. Mas certamente estamos indo na direção certa, estamos em uma fase diferente. Temos ferramentas que podem salvar vidas, como no atendimento clínico com antivirais e outras terapias, e com as vacinas, que são seguras e eficazes para prevenir doenças graves e mortes. Se as pessoas recebem o reforço e doses adicionais, sabemos que esse nível de proteção permanece muito alto por algum tempo. Então estamos em um estágio diferente, nunca estivemos tão perto de acabar com a emergência", explicou. 

Sobre a subvariante Omicron XBB.1.5, a líder técnica da OMS comentou que há mais de 600 linhagens conhecidas da Ômicron em circulação, mas que não tem noção em termos de gravidade.

"O que esperamos é continuar a ver ondas de infecção, seja pela XBB.1.5, seja por outras subvariantes. Esperamos que essa evolução do vírus, que outras variantes tenham uma vantagem de crescimento. Veremos mais escapar imune, temos certeza disso. Mas o que queremos, e temos o plano e controle para isso, é que essas ondas não se traduzam em hospitalizações e mortes. É isso que estamos realmente tentando focar no momento", disse. 

Apesar da expectativa de acabar com a emergência, ainda há grande preocupação por parte de profissionais da saúde em torno das variantes e da evolução do vírus Sars-CoV-2. "Não sabemos ao certo como ele irá evoluir. Há muitas pessoas excelentes trabalhando nisso, observando as diferentes experiências e as sublinhagens da Ômicron. Corremos o risco de novas variantes, de esse vírus se estabelecer para espécies animais diferentes que são ansiosas a ele, viveram e voltaram para os humanos novamente", pontuou.

Entre as recomendações de Maria Van Kerhove para que os países estejam preparados para cenários diferentes do que esperam, a líder indica fortalecer a vigilância, bom monitoramento para identificar uma mudança na gravidade da doença, melhorias no acesso aos diagnósticos e aos antivirais, além de garantir vacinação de 100% dos grupos de risco, pessoas com mais de 60 anos, pessoas imunocomprometidas e trabalhadores da linha de frente.


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