Open Taste estreia delivery e oferece cursos com chefs refugiados

A cada dia da semana, é oferecido o cardápio de um país diferente, do Congo à Colômbia. Pratos custam de 16 a 35 reais

[Open Taste estreia delivery e oferece cursos com chefs refugiados]

Delivery de culinária sem fronteiras. A Open Taste, empresa social que promove e capacita refugiados por meio da gastronomia, lança serviço de delivery e de cursos on line à comunidade. O delivery atende a toda a região da capital de São Paulo e tem a opção para retirada na cozinha da Open Taste, no Sumaré, zona oeste da cidade. A cada dia, um chef diferente oferece entradas, pratos, sobremesas e bebidas típicas de seu país, num giro semanal por três continentes. Com a proposta de ser bom, bonito e barato, o menu traz pratos principais que custam entre 16 e 35 reais. 

Às segundas, o menu é do México com o chef Jesus Pasillas; às terças, da Síria, com a chef Salsabil Matouk; às quartas, do Congo, com a chef Evodie Kanyeba; quinta é dia de cozinha armênia, com Ruzzane Sargasyan; às sextas, comida da Venezuela, com Lester Silva. Aos sábados, é a vez da culinária colombiana preparada pelo chef Edgard Andres Valencia. Na viagem pelo México, para começar, os Totopos com Guacamole (tortilhas de milho artesanal tipo nachos feitos à mão com guacamole, R$ 17,90). Como principais, tacos artesanais, de diferentes recheios como carne e frango, a partir de R$ 26. O menu sírio traz pastas, salada fatoush, lanches típicos e o tradicional prato Uzzi (massa folhada artesanal recheada com ervilha, carne moída e castanhas como nozes, castanha de caju e amêndoas. Acompanha porção de salada de folhas e tomate, R$ 29). Na culinária do Congo, destacam-se entradinhas e pratos agridoces, com peixes e frutas tropicais, como o Makemba (banana-da-terra frita com bacalhau e molho de berinjela, R$ 30). A culinária armênia traz muitas marcas da árabe. No menu, estão os Sarmás (charutos), folha de couve recheada com arroz, carne, cebola e coalhada de iogurte (meia: R$ 16, e completa: R$ 28). Para harmonizar, drinques colombianos como a limonada de rapadura ou de coco ou a Kompot (bebida não-alcoólica de origem eslava, que pode ser servida quente ou fria, dependendo da tradição e da estação). Qualquer um dos sucos, por R$ 6.

A Open Taste também criou cursos virtuais para quem quer aprender a fazer em casa alguns dos pratos de seu menu multicultural. Com cerca de uma hora de duração, cada aula custa 48 reais e ensina a preparar uma receita. São oito opções, incluindo as patacones colombianas, os burritos mexicanos, o tequenho venezuelano e o mwamba, prato congolês feito com couve e pasta de amendoim. “Minha mãe me ensinou a cozinhar e eu cozinhava para a família toda no Congo. Nunca imaginei que iria trabalhar com isso no Brasil, mas os brasileiros são muito receptivos à culinária africana”, explica a chef Evodie Kanyeba. Fugindo de sangrentos conflitos armados e da extrema pobreza no Congo, Evodie, é a oitava filha de uma família de 10 irmãos e está há cinco anos no Brasil. As vendas na Open Taste auxiliam também a família da refugiada. 

Desde a sua criação, a Open Taste já gerou renda e sustento para mais de 200 pessoas, incluindo os refugiados e seus familiares. No início, a plataforma operou com eventos, feiras e caterings. Neste ano, a ideia era abrir um restaurante. Mas a crise sanitária e econômica mudou os rumos do negócio. Capitaneado pela refugiada síria Joanna Ibrahim, o plano do restaurante foi adaptado, por conta da pandemia de Covid-19, para o ecommerce, com investimentos no sistema de delivery e de cursos on line. Com protocolos de saúde e de segurança redobrados, de acordo com as regras da Organização Mundial da Saúde, a empresa segue todos os protocolos: objetos de cozinha são esterilizados com álcool em gel 70%, equipe de cozinha usa luvas descartáveis para manuseio, objetos de uso comum – como as máquinas de pagamento – são constantemente higienizadas, embalagens descartáveis de delivery vedadas, seguras e individualizadas, com reforço de plástico-filme, para evitar qualquer contato externo com a comida. Os entregadores fazem uso obrigatório de máscara e assepsia de álcool em gel a cada entrega.

“É hora de ficar em casa para preservar a nossa saúde e a dos demais. Então, resolvemos investir no delivery com menu multicultural, reforço dos protocolos de higiene e prevenção e ações promocionais para fidelizar clientes. O grande diferencial do nosso negócio é oferecer uma comida caseira, com gostinho de comfort food, também a preços camaradas”, explica Joanna Ibrahim, sócia-fundadora da Open Taste. Dentre as ações promocionais, está a participação do restaurante no “Food Delivery Series”, que acontece até 30/setembro, é um festival gastronômico com o objetivo de incentivar entregas por delivery de pequenos negócios. Juntamente com 49 estabelecimentos da cidade, a marca disponibilizou menus exclusivos ao preço de R$ 60, incluindo prato principal e sobremesa. Outro mimo da Open Taste é que o cliente ganha o link para uma playlist do país de origem dos chefs, para acompanhar a refeição com músicas típicas. Refúgio perfeito em tempos de quarentena.


Comentários

Relacionadas

Veja Também

[Novo tributo deve ter alíquota de 8,8% federal e 17,7% para estados e municípios, estima Fazenda]

Essa será a alíquota padrão, aplicada aos bens e serviços que não são beneficiados com algum tipo de tratamento diferenciado

Fique Informado!!

Deixe seu email para receber as últimas notícia do dia!