A Polícia Federal descobriu que um grupo de empresários, ligados ao ramo da saúde, pagava "mensalinho", no valor de R$ 5 mil, a delegados federais em troca de informações sobre qualquer operação que fosse planejada contra eles. A informação é do G1.

Segundo as apurações, um dos grupos atuava fornecendo medicamentos à prefeituras do Rio de Janeiro e, por isso, queria que o delegado Wallace Noble passasse informações sobre possíveis investigações do setor.

O delegado Wallace foi preso ontem (15), na segunda fase da Operação Tergiversação. O empresário identificado como Marcelo Freitas Lopes, também teve mandado de prisão decretado, no entanto, não foi encontrado pelos policiais.

“A atuação da organização criminosa (…) teria se caracterizado como um quadro de corrupção sistêmica instalado em busca de recebimento de propina por parte dos aludidos delegados de Polícia Federal”, explicou o Ministério Público Federal.

Ainda segundo a corporação, as investigações mostram que durante os meses de fevereiro e abril de 2017, o delegado Wallace Noble teria recebido R$ 480 mil em propinas pagas por empresas localizadas em Volta Redonda, no sul Fluminense.

Os suspeitos nesta segunda fase são investigados por corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, organização criminosa e obstrução à justiça.