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Projeções indicam que desigualdade no Brasil deve aumentar em 2021

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Projeções indicam que desigualdade no Brasil deve aumentar em 2021

Cerca de 930 mil famílias devem passar a fazer parte das classes D e E

Por Da Redação
Projeções indicam que desigualdade no Brasil deve aumentar em 2021
Foto: Reprodução/Agência Brasil

O aumento da desigualdade deve marcar o ano de 2021, se forem confirmadas as projeções da Tendências Consultoria de que somente a renda dos mais ricos, da classe A, vai aumentar no ano que vem. São famílias que têm renda domiciliar a partir de R$ 19,4 mil por mês e representam apenas 3,4% dos lares, segundo estudo exclusivo da consultoria. As previsões indicam que os rendimentos das classes B, C e D/E vão cair no próximo ano.  

Segundo Alessandra Ribeiro, sócia e diretora da área de Macroeconomia e Análise Setorial da Tendências, os que estão no topo da pirâmide de renda se beneficiam mais rapidamente de uma recuperação, mesmo que gradual, daí a previsão de alta de 2,7% nos rendimentos. "É uma classe que concentra empregadores e funcionários públicos", afirma Alessandra.

O economista Daniel Duque, da Fundação Getulio Vargas (FGV), atribui essa melhoria ao perfil do trabalhador dessa camada da população. Os mais escolarizados, que conseguiram manter o emprego trabalhando remotamente, mantiveram a renda. E são esses os que têm salário maior "Os mais ricos, mais qualificados, se protegeram bem na pandemia. Conseguiram trabalhar em home office, o que até impactou positivamente as finanças dessas famílias, que economizaram com transporte, com carro", diz.

Neste ano, a renda dos mais pobres subiu 20,9%, impulsionada pela injeção mensal de R$ 55 bilhões do auxílio emergencial. O benefício foi reduzido à metade (de R$ 600 para R$ 300) desde setembro e será extinto no fim deste ano. Sem ele, a perspectiva é de queda acentuada no rendimento das famílias das classes D/E, que ganham até R$ 2,6 mil por mês.

Segundo a Tendências, a redução será de 15,4% nos rendimentos, aumentando a distância social num país que já é o nono mais desigual do mundo, como mostrou o IBGE no mês passado. O tamanho da crise econômica deste ano também pode ser medido pelo número de famílias que ingressaram no estrato mais baixo de rendimentos: 2,3 milhões. A projeção da consultoria indica que, em 2021, mais 930 mil famílias passarão a fazer parte das classes D/E.

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