Devido a pandemia do novo coronavírus, os reajustes salariais da maioria dos trabalhadores brasileiros não tiveram a reposição da inflação dos salários dos empregados. Em abril, 59,7% dos acordos foram impactados.  

Enquanto o reajuste médio foi de 5,6%, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) registrou alta acumulada de 6,9% nos 12 meses finalizados em abril. As informações são do Salariômetro, estudo feito pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), com base nas negociações coletivas. 

No mês, a proporção de reajustes iguais ao INPC foi de 26,4% e acima da inflação foi de 14%. O levantamento também indicou que o piso salarial das negociações ficou em R$ 1.335, valor 21,36% acima do salário mínimo atual, que é de R$ 1.100.

As negociações com data base no ano, concluídas até o mês de abril, somaram 32.833, considerando os acordos e convenções coletivas.

Entre as negociações de acordos e convenções coletivas para a manutenção do emprego destacam-se:

• Suspensão de contrato de trabalho - 274;
• Redução de jornada - 223;
• Reajuste salarial - 220;
• Ajuda compensatória mensal - 135;
• Negociação no banco de horas - 129;
• Férias coletivas - 114;
• Rescisão de contrato - 84; e
• Teletrabalho - 73.