Randolfe diz que CPI pedirá bloqueio de bens de empresa que intermediou compra da Covaxin
Senador também disse que pedirá afastamento de Mayra Pinheiro do Ministério da Saúde
Em entrevista à GloboNews, o vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou na última quarta-feira (28), que a comissão pedirá o bloqueio de bens de duas empresas de Francisco Maximiano: a Precisa Medicamentos e a Global.
A Precisa intermediou a compra, pelo governo, de doses da Covaxin, vacina contra a Covid-19 produzida na Índia. Há várias suspeitas de irregularidades na negociação, investigada pela CPI, pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal e pelo Tribunal de Contas da União. O imunizante é desenvolvido pelo laboratório Bharat Biotech, que encerrou as negociações com a Precisa.
"Deliberamos um conjunto de convocações e medidas judiciais. Iremos requerer, nesta sessão deliberativa de terça [3 de agosto], o bloqueio dos bens da Precisa medicamentos e o bloqueio dos bens da Global. É um requerimento que iremos colocar em apreciação na terça-feira", disse Randolfe.
O senador deu a declaração após ter participado de uma reunião virtual do grupo majoritário da CPI, na qual os senadores discutiram votações de requerimentos e definiram o cronograma das próximas semanas. Conforme Randolfe, os requerimentos serão votados na próxima terça-feira (3).
Ele disse ainda, que pedirá o afastamento da secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro, enquanto durar a CPI. Segundo o vice-presidente da comissão, há indícios de que ela atuou para "obstruir as investigações".
"Ela tem reiteradas vezes acionado judicialmente a CPI no sentido de intimidar, inibir as investigações que estão em curso. Isso equipara-se à obstrução às investigações", afirmou Randolfe. "Tem vídeos que comprovam claramente que Mayra procurou manipular informações. Ela está em função pública manipulando informações", informou.