À época do lançamento do Pacote Anticrime, em fevereiro deste ano, o ministro da Justiça Sergio Moro não escondeu que se tratam de medidas “fortes”, ciente da polemização futura (que de fato acontece aos montes, entre as pertinentes e descartáveis, perto da infantilidade).
O recado, entretanto, é um alerta de fácil entendimento num país que ainda convive de forma tão latento com criminalidade e a corrupção, encrustadas no cotidiano da sociedade e demandam empenhos como os sugeridos pelo ex-juiz da Lava Jato.
O pacote é importante para caminhar na direção certa, para o Brasil iniciar um ciclo virtuoso que, se espera, levará progressivamente à redução desses problemas.
A campanha do Pacote Anticrime, lançada ontem, é um impactante esforço do governo em mostrar que, em meio aos trâmites finais da Reforma da Previdência, existem outros projetos urgentes e de interesse popular para o Congresso analisar e, por consequência, ajudar a tirar do papel.
A proposta é endurecer a punição de condenados por crimes violentos, como homicídio e latrocínio, e também a corruptos e membros de organizações de facções criminosas. Todos estes problemas estão relacionados. Moro tem razão: o crime organizado é um fator de incremento dos crimes violentos. A corrupção esvazia recursos e a eficacia de politicas públicas direcionadas ao crime organizado e o crime violento.