/

Home

/

Notícias

/

Saúde

/

Saúde mental: relação familiar saudável pode fazer diferença durante a pandemia

Notícias
Saúde

Saúde mental: relação familiar saudável pode fazer diferença durante a pandemia

Especialista afirma que postura dos pais pode impactar na formação dos filhos

Por Da Redação, Ane Catarine Lima
Saúde mental: relação familiar saudável pode fazer diferença durante a pandemia
Foto: Reprodução/Pexels

A pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, fez com que medos, fobias e pânico passassem a fazer parte do universo de crianças e adolescentes que, de maneira geral, tiveram a saúde mental fortemente prejudicada. Neste momento de retorno ao convívio social, é importante que a família entenda todo esse processo e tenha um olhar mais sensível em relação a esse público. Isso porque, segundo especialistas, um ambiente familiar não saudável pode se tornar tóxico para essas crianças e adolescentes, desencadeando outros problemas.

Devido ao cuidado que o momento pede, é importante que os pais tenham consciência de que certas posturas podem impactar na formação dos filhos. No Brasil, o Dia da Família é comemorado anualmente em 8 de dezembro. Além de homenagear a família, a  data tem como objetivo fomentar a importância desse ciclo para todas as relações sociais. Estudos afirmam que uma relação familiar saudável pode fazer diferença neste momento, levando em conta que os próximos meses serão um período de readaptação para os mais jovens.

Especialista em análise de perfil e neurociência comportamental, Stella Azulay afirma que a família se baseia em valores que norteiam a formação integral dos futuros cidadãos. “Mas, para que estes valores sejam praticados, é fundamental manter uma conexão saudável, onde exista amor, mas também autoridade, hierarquia e, principalmente, exemplos positivos para os filhos”, afirma Azulay, que também é mentora de pais.

Estudos apontam que  crianças que vivem em um ambiente de tensão, tóxico ou violento perdem a sensação de segurança e são acometidas por estresse crônico, podendo causar danos permanentes às estruturas neuronais. De acordo com Stella Azulay, a violência doméstica, por exemplo, influencia no comportamento dos filhos. “Um fator cultural recente, que também justifica o aumento destes atritos, é a mudança na autoridade dos pais em relação aos filhos. Hoje, vemos com frequência pais e filhos no mesmo patamar hierárquico. E há diversos motivos que contribuíram para esta mudança, mas a principal delas é a falta de preparo dos pais em meio aos desafios da educação no século XXI”, afirma a especialista.

Visando tornar a convivência familiar mais saudável e evitar prejuízos na educação e no desenvolvimento de crianças e adolescentes, Stella Azulay  listou algumas dicas: 

-O primeiro passo é a conscientização dos pais de que é sua responsabilidade educar os filhos. A educação se dá principalmente através da comunicação, do diálogo e também pelo próprio modo como os pais se comportam. Estes são os primeiros modelos que os filhos observam e procuram se espelhar.

-Devem também se conscientizar de que há uma hierarquia na relação pais-filhos, sendo que os pais não são amiguinhos dos filhos. “Até pode (e deve) haver amizade e confiança entre pais e filhos, mas é preciso deixar claro que o relacionamento é diferente daquele que eles têm com seus amigos e colegas”, reforça a educadora parental.

-Não há como educar sem impor limites. E a colocação de limites começa cedo, tão logo a criança começa a explorar o ambiente. “De diversas formas, os filhos pedem limites aos pais. Eles sabem que precisam porque não conseguem fazer autogestão das emoções. O cérebro ainda não está maduro para isso”.
 
-Não adianta querer poupar a criança de frustrações. Se os pais não permitirem que seus filhos errem e se frustrem, a vida real vai cobrar essa maturidade de forma muito mais dura.

-É importante que os pais também expressem seus sentimentos. Assim, os filhos entendem que pai e mãe não são infalíveis e que têm problemas e limitações como qualquer ser humano. Isso ajuda os filhos a se sentirem confortáveis para dialogar com os pais.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie:redacao@fbcomunicacao.com.br

Faça seu comentário
Eu li e aceito osPolítica de Privacidade.
© 2018 NVGO
redacao@fbcomunicacao.com.br
(71) 3042-8626/9908-5073
Rua Doutor José Peroba, 251, Civil Empresarial, 11º andar, Sala 1.102