O secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Raphael Câmara, disse hoje (28), durante audiência pública, que não existem benefícios de saúde, emocionais e justificativa médica para o "feticídio", referindo-se ao aborto.

“Não consigo nem dizer o que seria um benefício legal. Dizer que há benefícios éticos em se matar um bebê viável dentro da barriga, não consigo entender”, disse Câmara. A audiência foi realizada no contexto de distribuição de uma cartilha do Ministério da Saúde que visa proibir o aborto legal em qualquer circunstância.

Questionado se acredita no aborto enquanto uma questão de saúde pública no Brasil, Câmara repetiu o que já havia dito ao Portal Metrópoles há dois dias, que não. “Se você interpretar qualquer doença que provoca morte como um grave problema de saúde pública, ok. Há milhares e milhares de doenças que entrariam nessa classificação”, declarou.