STF nega pedido da oposição para apurar suposta interferência de Bolsonaro na PF

Na decisão, ministra Cármen Lúcia disse que pedido é apurado em outra investigação

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FOTO: Agência Brasil

A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF),  Cármen Lúcia, arquivou um pedido de parlamentares da oposição para apurar uma suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL) na Polícia Federal durante as investigações contra o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro. 

Na decisão, a magistrada afirma que os episódios citados pela oposição já são apurados no inquérito que investiga o suposto balcão de negócios do Ministério da Educação (MEC). Por isso, segundo ela, não é necessário instaurar uma nova apuração sobre o caso. "Os fatos narrados nestes autos já estão sendo investigados no Inquérito STF n. 4896, órgão judicial competente relativamente aos detentores de foro especial", afirmou a ministra.

Prisão e citação a Bolsonaro

Ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro foi preso no dia 22 de junho, em Santos (SP), e levado para a Superintendência da Polícia Federal. Os policiais investigavam uma suposta atuação de Ribeiro e dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura em esquema para liberação de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão do governo controlado pelo centrão.

Por decisão do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Milton Ribeiro foi liberado no dia seguinte, antes de prestar audiência de custódia em Brasília. Os pastores são acusados de montar um "balcão de negócios" dentro da pasta ao supostamente cobrar propinas de prefeitos em troca de liberação de recursos do FNDE. 

Após a prisão de Ribeiro, o delegado da Polícia Federal Bruno Calandrini, responsável pela investigação, afirmou que o ex-ministro "estava ciente da execução de busca e apreensão em sua residência" e que recebeu a informação "supostamente" através de ligação recebida de Bolsonaro.


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