A taxa de aprovação ao governo Lula caiu de 55% para 45% desde abril no Nordeste, de acordo com a pesquisa Ipec/O GLOBO divulgada nesta sexta-feira, 07. Essa é única região onde Lula obteve mais votos do que Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições. No entanto, os moradores dessa região continuam sendo o segmento que mais avalia positivamente a gestão de Lula. A maior proporção de avaliações "ruim" ou "péssima" foi registrada nas regiões Norte e Centro-Oeste, com 33%, enquanto eram 21% há dois meses.

O eleitorado de baixa renda, que vive com até um salário mínimo mensalmente, é o que mais aprova o governo de Lula (43%), mas também houve uma variação negativa nesse grupo, que era de 53% em abril. Já na parcela mais rica da amostra, com renda acima de cinco salários mínimos por mês, o percentual de avaliações "boa" e "ótima" aumentou de 30% para 36%.

A aprovação de Lula oscilou quatro pontos percentuais desde março, quando 57% afirmavam aprovar a forma como o petista governa o país. Por outro lado, a desaprovação aumentou em cinco pontos, passando de 35% para 40% em três meses. Aqueles que não sabem ou preferem não responder agora somam 7% dos entrevistados.

A pesquisa aponta ainda queda na aprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O grupo que considera a administração do petista como "boa" ou "ótima" passou de 39% para 37% em relação a abril.Por outro lado, as avaliações "ruim" ou "péssima" aumentaram, saindo de 26% para 28%. Já aqueles que veem a gestão como "regular" eram 30% e agora totalizam 32%. A pesquisa foi realizada entre 1º e 5 de junho. As variações estão dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou menos.

Os números revelam uma tendência negativa na opinião pública sobre o Executivo federal neste primeiro semestre de governo. Em março, no primeiro levantamento realizado pelo instituto, havia uma diferença de 17 pontos percentuais entre os grupos satisfeitos e insatisfeitos. Agora, essa diferença caiu para nove pontos.

Entre os eleitores de Bolsonaro, 56% desaprovam o governo Lula.