Veja vídeo: Abraham Weintraub depõe por escrito e diz defender liberdade
Ministro, que é investigado por racismo, tentou adiar ida à PF
O ministro da Educação, Abraham Weintraub, prestou depoimento por escrito nesta quinta-feira (4), à Polícia Federal. Cerca de meia hora antes do horário marcado para a oitiva, Weintraub apresentou um novo recurso ao STF (Supremo Tribunal Federal), mas não deu tempo tempo para análise e Weintraub foi presencialmente à sede da corporação, em Brasília.
Na saída, Weintraub se encontrou com um grupo de apoiadores e chegou a ser carregado. Falando em um megafone, o ministro defendeu que "a liberdade é a coisa mais importante em uma democracia". Os manifestantes seguravam faixas com os dizeres "fora comunismo, fora globalismo, fora nova ordem mundial" e bandeiras do Brasil.
Ao chegar à PF, o ministro foi recebido por delegados e o diretor-geral da Polícia Federal, Rolando de Souza. Ele deixou o local sem responder a questionamentos da imprensa. Contudo, após o depoimento o ministro recorreu ao Twitter para reforçar a luta dele por liberdade.
O ministro é alvo de um inquérito que apura eventual racismo em uma mensagem sobre chineses. Ele é da chamada ala ideológica do ministério de Bolsonaro e tem aceitação dos filhos do presidente e do guru ideológico da família, o escritor Olavo de Carvalho.
Caso de racismo
No início de abril, o ministro da educação postou no Twitter a capa do gibi da Turma da Mônica com o personagem Cebolinha, que troca a letra R pelo L em suas falas.
"Geopoliticamente, quem podeLá saiL foLtalecido, em teLmos Lelativos, dessa cLise mundial? PedeLia seL o Cebolinha? Quem são os aliados no BLasil do plano infalível paLa dominaL o mundo? SeLia o Cascão ou há mais amiguinhos?", postou.
O post foi apagado horas depois. Naquela ocasião, a embaixada do país asiático no Brasil emitiu uma nota oficial repudiando a mensagem escrita por Weintraub. A China é o principal parceiro econômico do Brasil.