Vendas on-line leva setor de entregas e logística a criar quase 90 mil vagas em um ano

Em 2020, e-commerce movimentou mais de R$ 87 bi

[Vendas on-line leva setor de entregas e logística a criar quase 90 mil vagas em um ano]

FOTO: Reprodução/Geração Mídia

Diante do crescimento das vendas on-line e da disputa acirrada entre as grandes varejistas para oferecer menor prazo de entrega e frete mais barato aos consumidores, o segmento de logística tem gerado vagas em grandes centros urbanos no país para os mais variados níveis. Em um ano, o segmento de serviços de entrega e logística criou mais de 88 mil postos de trabalho.

As vendas do e-commerce no Brasil bateram a marca dos R$ 87,4 bilhões em 2020, primeiro ano da pandemia, alta de 41% em relação a 2019 e um recorde para o segmento, de acordo com o levantamento da Ebit Nielsen. Para lidar com atrasos registrados no começo quarentena, os grandes varejistas passaram a fazer investimentos pesados na área, especialmente em mais centros de distribuição, tecnologia e pessoal.

"O perfil dos profissionais está cada vez mais diverso. Temos uma base de equipe que é operacional, com funções de conferência, assistentes, operadores de empilhadeira. Além desse perfil, precisamos cada vez mais de gente com perfil estratégico, visão analítica, como cientistas de dados, engenheiros, técnicos em automação.", diz Wiliam Miguel, gerente de gestão de pessoas da logística da Magazine Luiza.

Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) reunidos por Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/Ibre), mostram que o mercado de trabalho ligado ao setor logístico tem se mantido promissor: foram 88.445 vagas geradas no segmento em 12 meses até março deste ano, na contramão dos demais serviços de transporte, que fecharam 129 mil postos de trabalho.

Ele prevê que o aumento de empregos no segmento se mantenha neste ano. "É um segmento muito ligado à indústria e ao comércio e, a partir do momento em que esses setores conseguiram reagir, impulsionados pelo auxílio emergencial e pela troca de consumo de serviços por bens, ele se fortaleceu", diz Tobler.


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