Após registrar quedas sucessivas entre 2019 e 2021, a cobertura vacinal de crianças no Brasil apresentou uma leve recuperação no ano passado, com alta em todos os principais imunizantes. Apesar disso, as taxas seguem em níveis baixos e longe da meta. 

"Ainda estamos longe do ideal de 95% de cobertura para a maioria das vacinas, mas temos uma tendência de recuperação. E isso é uma boa notícia", disse Renato Kfouri, vice-presidente da SBIm, em entrevista no UOL.

Os resultados de 2022 não estão totalmente fechados, já que alguns municípios ainda devem encaminhar informações que serão inseridas no sistema do Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde.

De acordo com Kfouri, os anos de 2020 e 2021 sofreram influência da pandemia. Dessa forma, a alta de 2022 já era esperada por causa do retorno à quase normalidade. O vice-presidente da SBIm ainda alertou sobre o risco da volta de doenças. "Foram várias campanhas que falaram do risco da reintrodução de sarampo, da pólio, por exemplo", diz.

Como mostram os dados do PNI, a cobertura vacinal contra tuberculose foi a que teve alta mais significativa, saindo de 74,9% para 83,7%, porém ainda é bem menor que a registrada até 2018, quando ficava acima de 95%.