Editorial
FOTO: Antonio Cruz
Pauta forte do discurso em campanha eleitoral, o combate à corrupção esteve mesmo alinhado ao presidente Jair Bolsonaro nestes primeiros meses como mandatário brasileiro. Entre altos e baixos, acertos e questões que ainda carecem de costuras mais robustas, o tema é levado à diante com seriedade e esforço de sua equipe, principalmente na figura do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Sua nomeação, por si só, aliás, já é um ponto relevante na luta contra um mal endêmico que tanto devastou o país e nada foi concretamente feito em governos passados.
A aprovação do pacote anticrime de Moro, mesmo que desidratado – já sancionado pelo presidente, em 24 de dezembro –, pode ser o símbolo do trabalho no combate à corrupção no governo Bolsonaro.
Apesar das costuras dos congressistas, que a todo custo quiseram assumir o protagonismo ao longo de 2019, foi a tacada final do governo e do próprio ministro que determinaram o fim do trâmite do projeto: alguns pontos polêmicos aprovados na Câmara e no Senado foram aceitos no texto final para não deixar virar 2020 sem aprová-lo. Certamente serão retomados e reajustados.
E nada de relação estremecida entre Moro e Bolsonaro, como tanto querem forçar alguns veículos da imprensa e a oposição. Tudo apaziguado e o ministro segue como o maior símbolo de combate à corrupção no Brasil, com moral com o presidente e diante da opinião pública. Em outras palavras, carta branca para novas investidas neste setor em 2020.
Vale ressaltar, ainda, que 2019 foi um ano que a Controladoria Geral da União (CGU) sai fortalecida e altiva. Este ano, o órgão realizou quase 1,5 mil auditorias e fiscalizações que resultaram na recuperação de R$ 219 milhões aos cofres públicos, além de impedir o uso de R$ 3,3 bilhões em gastos indevidos.
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