Fazer a ponte entre quem quer e pode doar e quem precisa receber. Essa é a função maior do Banco de Alimentos, uma notável ação de combate à fome ao desperdício alimentar. É louvável a criação, em meio à pandemia, da Rede Brasileira de Bancos de Alimentos, que integrará a atuação dos bancos de alimentos estaduais e municipais para tentar diminuir o desperdício no país.
O momento é oportuno e urgente. A decisão contribui para a redução do desperdício de gêneros alimentícios e facilita o acesso a doações por instituições públicas, privadas e da sociedade civil.
O decreto do governo Bolsonaro dá nova dimensão à atual Rede Brasileira de Bancos de Alimentos (RBBA). A tendência é ser atingir um outro patamar de institucionalidade, se ficar, mesmo, atrelado aos compromissos sociais demandados pelo Brasil.
Essa distribuição pode e deve ser destinada a instituições de assistência social, de ensino, a unidades de acolhimento de crianças e adolescentes, penitenciárias, estabelecimentos de saúde ou outras unidades de alimentação e de nutrição.
De acordo com o texto do decreto presidencial, a Rede Brasileira de Bancos de Alimentos tem como objetivos: promover a troca de experiências, o fortalecimento e a qualificação dos bancos de alimentos; fomentar ações educativas destinadas à segurança alimentar e nutricional e ao fortalecimento institucional do banco de alimentos; estimular ações para a redução das perdas e do desperdício de alimentos no país; fomentar pesquisas sobre o tema; estimular políticas e ações públicas de segurança alimentar e nutricional; e articular e facilitar negociações estratégicas para a divulgação e a instituição de parcerias com os bancos de alimentos.
A atuação integrada para distribuição de doações de alimentos para pessoas em situação de insegurança alimentar impacta também, positivamente, a cadeia de abastecimento de alimentos, ao contribuir para a redução de perdas e desperdício. Nesse processo, todos ganham.