Em uma videoconferência para discutir a “jurisdição Constitucional em defesa dos direitos de minorias" nesta sexta-feira (31), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou que a investigação sobre fake news comandadas pelo ministro Alexandre de Moraes é uma “contribuição para o mundo civilizado”. Ele disse ainda que o inquérito "criou um outro ambiente no Brasil".

O presidente do STF, Dias Toffoli abriu o inquérito em março de 2019. Mesmo sem provocação da Procuradoria Geral da República, o ministro determinou o início da investigação e delegou ao colega Alexandre de Moraes a relatoria da matéria.

Segundo Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes é a “pessoa correta e adequada no momento adequado” para comandar a investigação. 

“Tenho a impressão de que, quando nós fizermos um balanço desse período, certamente vamos lembrar do inquérito das fake news. Nós vimos a decisão do tribunal e vimos como foi preciso, importantes as deliberações tomadas neste inquérito”, afirmou o ministro.

O relator determinou no último dia 24, que contas de aliados do presidente Jair Bolsonaro no Twitter fossem retiradas do ar, mas alguns dos investigados tentaram driblar a ordem do STF e mudaram, por exemplo, as configurações de localização para outros países e continuaram publicando mensagens.

Nesta quinta (30), Alexandre de Moraes expediu nova determinação para o bloqueio de contas dos apoiadores em redes sociais também no exterior. O Twitter informou que vai recorrer. Na avaliação da rede social, a decisão foi "desproporcional sob a ótica do regime de liberdade de expressão".