Maia diz que deve sair até quarta o nome do candidato à presidente da Câmara que terá o apoio de seu bloco

Aliado do governo, Arthur Lira, já começou sua plataforma pelas redes sociais, defendendo o diálogo

[Maia diz que deve sair até quarta o nome do candidato à presidente da Câmara que terá o apoio de seu bloco]

FOTO: Reprodução

Nesta segunda (21), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, disse que até quarta (23) deve apresentar o nome que terá seu apoio na disputa para a presidência da Casa. Na sexta (18), ele conseguiu reunir PSL e PT no mesmo bloco de partidos que devem apoiar o candidato que fará oposição a  Arthur Lira (PP-AL). O bloco conta com 11 siglas, que reúnem 281 dos 513 deputados. Já Arthur Lira conta com 10 partidos, que têm 204 deputados. Para vencer a eleição na Câmara, são necessários pelo menos 257 votos, com possibilidade de eleição em dois turnos, caso ninguém alcance esse número na primeira votação, que é secreta. 

Na beira do recesso parlamentar, as campanhas dos candidatos se intensificam, inclusive, pela internet. O aliado do governo, Arthur Lira, já começou sua plataforma pelas redes sociais, defendendo o diálogo. Nesta segunda (21), Lira escreveu que "a nova Câmara é aquela que não barra nem libera as chamadas iniciativas radicais. A nova Câmara é aquela que põe todos os assuntos na mesa, que dialoga e chega no entendimento. Com o plenário sempre soberano". Ainda segundo Lira, não é o presidente quem deve ditar o que é discutido, mas coordenar e dar voz a todos.

O deputado ainda criticou o atual presidente, Rodrigo Maia, que marcou sessão de votação para esta segunda, véspera do início do recesso parlamentar. "Agora, no apagar das luzes, e para dar tempo para articular um projeto pessoal de sucessão, ele volta a querer impor sua vontade. Centenas de deputados têm compromisso em suas bases e já fizeram suas agendas - percorrendo os municípios e já iniciando o diálogo com os novos prefeitos eleitos. Boa parte do que está parado poderia ter sido votada, por entendimento do colégio de líderes.Coisa que não aconteceu", alfinetou.

Por outro lado, Rodrigo Maia afirmou várias vezes que o Parlamento deveria trabalhar em janeiro. Neste domingo (20), Maia parabenizou os ministros do Supremo Tribunal Federal (Marco Aurélio, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Alexandre de Moraes) que anunciaram que vão continuar a trabalhar, mesmo no período de recesso judiciário. "Continuo defendendo que o Congresso deveria trabalhar no mês de janeiro e organizar uma pauta com o governo. A pandemia e a situação econômica do país exige um esforço maior de todos nós", opinou.


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