Saúde
Luto, medo de contrair a doença e questões financeiras estão entre as principais causas
FOTO: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Segundo dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a prevalência global de ansiedade e depressão subiu 25% durante o primeiro ano da pandemia da Covid-19.
A agência informou que “uma das explicações para o aumento é o stress sem precedentes causado pelo isolamento social”, que refletiu diretamente nas rotinas de trabalho e do dia-a-dia das pessoas.
Dentre as principais causas que ocasionaram no aumento deste número foi a solidão, o medo de contrair o coronavírus, além do luto pela perda de entes queridos e preocupações financeiras. Já entre os trabalhadores de saúde, a exaustão está entre os principais motivos para pensamentos suicidas.
Em razão do aumento dos números e da preocupação com os impactos da pandemia na saúde mental da população, 90% dos países analisados pela OMS decidiram incluir apoio psicossocial nos planos de resposta. No entanto, a agência afirma que muitas lacunas ainda não foram preenchidas.
O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, explica que “as informações disponíveis agora sobre o impacto da Covid-19 na saúde mental são apenas a ponta do iceberg”. Além disso, ele pede ainda que todas as nações passem a dedicar mais atenção à relação entre pandemia e impactos na saúde mental e darem mais apoio à população.
A agência aponta que os jovens são afetados de forma desproporcional, tendo mais risco de comportamentos autodestrutivos ou suicidas. Além disso, o impacto da pandemia na saúde mental das mulheres foi também mais severo do que para os homens.
Já pessoas com doenças pré-existentes, como câncer, asma e problemas cardiovasculares tiveram mais chances de desenvolver sintomas de desordens de saúde mental.
Assim como aqueles que já sofrem de ansiedade ou depressão, quando infectadas pela Covid-19, têm mais risco de serem hospitalizadas ou de contraírem uma forma mais severa da doença. Pacientes com psicose ou jovens com problemas de saúde mental são os que apresentam o maior risco.
Com o aumento da incidência, muitos serviços de apoio neurológico e mental foram afetados, como os de prevenção ao suicídio. Até o final de 2021, a situação havia apresentado uma melhora, de acordo com a OMS, mas ainda há pessoas que não conseguem atendimento adequado.
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